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Uberaba já registrou 133 desaparecimentos em 2023

Rafaella Massa
Publicado em 26/07/2023 às 10:40
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Uberaba registrou 133 desaparecidos em 2023, segundo dados da Polícia Militar (PM). Em comparação com o mesmo período em 2022, quando foram registrados 148 casos, há uma redução 6%. Na maioria das ocorrências, os sumiços são de homens, de 18 a 35 anos, e também adolescentes. 

De acordo com o major Vagner Morais, o número significativo de casos não representa necessariamente um aumento de pessoas desaparecidas, mas que a população tem registrado mais as ocorrências. “A população se sensibilizou com a nossa recomendação de que, tão logo eles deem falta de uma pessoa e suspeitem, que seja feito o registro de desaparecimento para que a gente possa fazer as diligências e achar essas pessoas quanto antes”, pontua.  

O número de pessoas localizadas é maior do que o de desaparecimentos devido ao fato de casos registrados em outras localidades muitas vezes serem encontrados em Uberaba. Neste ano, foram 178 pessoas localizadas na cidade. "A gente faz o encaminhamento para o serviço social para que ela possa ser reinserida na família dela. Então, algumas alguns desses registros são de pessoas que são de fora. Daí a importância da abordagem policial, identificação das pessoas”, explica o major Vagner.  

Entre as principais vítimas de desaparecimento estão aquelas portadoras de necessidades especiais ou que possuem alguma condição de saúde que limite sua autodeterminação, como o Alzheimer. Nesses casos, conforme Morais, é possível encontrar a vítima, porém, é necessário o acompanhamento e cuidado familiar. 

Porém, faz parte também dos casos aquelas pessoas que propositalmente ocasionam o desaparecimento. “Algumas pessoas, por ‘N’ motivos, resolvem simplesmente se desligar da família. Essas pessoas são aquelas que a gente tem maior dificuldade em localizar, porque elas planejam não mais serem localizadas. Então, elas param de usar celular, e-mail, conta bancária, não procuram nenhum familiar e vão para outra região”, conta o policial.  

De acordo com o major, o perfil das pessoas desaparecidas tende a ser homens, com idade entre 18 e 35 anos e também adolescentes, considerada uma fase de “rebeldia”.  

“A fase de adolescência traz uma rebeldia muito grande. Então, de repente, o adolescente resolve sair de casa e vai para a casa de um amigo ou de uma outra pessoa, em uma outra cidade e tempos depois, vem a ser localizado. Então adolescentes entram na estatística dos desaparecidos, mas ele sumiu porque quis, em algumas vezes, e é uma fase muito conturbada, é necessário realmente o acompanhamento familiar, psicológico e assistência social para que ele possa atravessar essa fase de turbulência”, explica. 

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