Construção civil mostra recuperação e, depois de sequência de resultados negativos, apresenta evolução, com abertura de 117 postos de trabalho
Divulgadas ontem as estatísticas do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) referentes ao mês de julho. Uberaba manteve seu saldo positivo pelo segundo mês consecutivo, registrando a abertura de 314 vagas de emprego. Em junho o saldo positivo foi de 110 registros com carteira assinada. O levantamento mostra que foram admitidos 3.285 trabalhadores durante o mês de julho e demitidos 2.971, perfazendo o saldo de 314 vagas.
O maior saldo de empregos em julho foi na área da agropecuária, com 163 vagas. Foram 295 admissões e 132 demissões. Em segundo, a construção civil teve saldo de 117 novos postos de trabalho, o que revela recuperação, uma vez que o segmento figurou com saldo negativo de seis postos de trabalho em junho. Já em terceiro aparece a indústria de transformação, com 65 novas oportunidades no saldo.
O resultado do Caged divulgado ontem mostra que a cidade passou a ter saldo positivo de empregabilidade nos primeiros sete meses do ano, com uma vaga, e também nos últimos 12 meses, com quatro vagas abertas. Até junho o saldo deste ano era negativo em 315 vagas e nos últimos 12 meses, em oito.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação (Sedec), José Renato Gomes, destaca que o saldo positivo é o melhor do município no ano. “Novamente reforçamos que o município tem o poder – e dever – de atuar na geração de novos empregos, o que está sendo feito com a viabilização de diversos investimentos. Infelizmente, não temos nenhum controle sobre demissões, mas estamos cumprindo o papel que nos cabe. A expectativa é positiva, pois novos grandes investimentos estão em movimento, além de pequenos e médios empreendedores trazendo novas operações”, observou ele. Construção civil na cidade aponta queda menos intensa na atividade
De julho do ano passado a julho de 2019, o setor da construção civil em Uberaba registrou o fechamento de 610 postos de trabalho. No período, foram 4.504 contratações, contra 5.114 dispensas. Entre as áreas que constam no levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foi a que mais desempregou.
Outro levantamento, realizado pela Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), sinaliza dificuldades para o setor, o que em parte explica os números do emprego em Uberaba. A Sondagem da Indústria da Construção no Estado apontou queda menos intensa da atividade e do número de empregados em junho. Apesar de permanecerem inferiores a 50 pontos – valor que separa recuo de elevação –, os dois índices foram os melhores para o mês em cinco anos.
Em relação ao emprego na construção civil, o levantamento trouxe um dado animador. O indicador de evolução do número de empregados mostrou, pelo oitavo mês seguido, expectativa de elevação das contratações, com 55,4 pontos em julho. O índice avançou 1,6 ponto em relação a junho (53,8 pontos) e 9,9 pontos frente a julho de 2018 (45,5 pontos), e foi o mais elevado para o mês em sete anos.
No segundo trimestre de 2019, os empresários exibiram menor insatisfação com a margem de lucro operacional, com a situação financeira e com o acesso ao mercado de crédito. Entre os maiores problemas enfrentados pelo setor, a demanda insuficiente foi o mais citado pela 12ª vez seguida, e a inadimplência dos clientes assumiu a segunda colocação no ranking.
A Sondagem da Indústria da Construção de Minas Gerais é uma publicação mensal realizada pela Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), em conjunto com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e em parceria com o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG).