Depois de professores e estudantes, técnicos administrativos da universidade federal também aderem ao movimento
Depois de professores e estudantes, técnicos administrativos da Universidade Federal do Triângulo Mineiro também aderem ao movimento. A partir de segunda-feira, dia 11 de junho, os funcionários das universidades federais de vários pontos do país também vão paralisar suas atividades. Segundo a presidente do SindMed, Mirtes Reis, vários profissionais de Uberaba devem aderir à manifestação, insatisfeitos com a proposta apresentada pelo Governo Federal.
Servidores púbicos federais de 31 categorias decidiram, por meio de assembleia realizada na semana passada, por unanimidade, aderir à greve das universidades, deflagrada desde o dia 17 de junho. Conforme calendário aprovado em plenária, as demais categorias paralisarão suas atividades entre os dias 11 e 18 de junho. Eles reclamam que estão com os salários congelados há dois anos e, mesmo após a realização de dez rodadas de negociação com o governo, ainda não receberam nenhuma proposta concreta.
“Dentro da nossa pauta de reivindicações estamos pedindo melhorias no plano de carreira, a realização de concurso público para o hospital, pois não tem funcionário suficiente, e estamos nos posicionando contra a Empresa Brasileira de Serviço Hospitalar, que vai privatizar o Hospital de Clínicas. Além disso, pedimos aumento no vale alimentação, entre outras reivindicações, como melhores condições de trabalho”, explica Mirtes, lembrando que, em Uberaba, vários profissionais devem aderir à greve, visto que já foi montada uma escala para o revezamento da equipe de enfermagem, pois em serviços essenciais a paralisação deve ser gradativa.
Ainda segundo Mirtes, essa será uma das greves mais fortes da categoria, haja vista que são os professores, servidores e estudantes que estão insatisfeitos com as propostas do governo. A greve começa na segunda-feira, mas é a partir de terça-feira que serão realizadas manifestações na porta do Hospital de Clínicas, no Centro Educacional da UFTM e na prédio da reitoria da universidade. “Realizamos mais de 50 reuniões com os representantes do Governo Federal, mas não evoluímos nos encontros, nenhuma de nossas reivindicações foi atendida, por isso decidimos pela greve que deve acontecer em várias universidades do país”, afirma.
Até o momento, segundo levantamento total da paralisação da UFTM, 81% dos docentes estão paralisados, o que mostra que aumentou o número de adeptos.
Mais de 80% dos professores aderiram ao movimento. De acordo com o comando de greve da UFTM, cerca de 81% dos docentes estão com suas atividades paralisadas. De um total de 467 professores em cinco institutos, 378 estão de braços cruzados (veja quadro).
INSTITUTO
TOTAL DE DOCENTES
TOTAL EM GREVE
ICBN – Biológicas Naturais
51
51
100%
IELACHS - Educação, Letras, Artes, Ciências Humanas e Sociais
87
85
97,70%
ICENE - Ciência Exatas, Naturais e Educação
50
46
92%
ICS - Ciências da Saúde
206
171
80,67%
ICTE - Ciências Tecnológicas e Exatas
73
25
34,25%
TOTAL UFTM
467
378
80,95%