Profissionais de saúde que trabalham nas Unidades de Pronto-Atendimento da Prefeitura Municipal de Uberaba reclamam da situação precária em que são submetidos a trabalhar
Profissionais de saúde que trabalham nas Unidades de Pronto-Atendimento da Prefeitura Municipal de Uberaba reclamam da situação precária em que são submetidos a trabalhar. Além da falta de alguns medicamentos e materiais descartáveis, ainda são agredidos e desrespeitados por familiares dos pacientes que responsabilizam médicos e enfermeiros pela demora no atendimento.
Funcionária da UPA São Benedito, que não quis se identificar por medo de represálias, comenta que os profissionais muitas vezes trabalham em regime de 12 horas, diurno e noturno, sem segurança alguma. “Os pacientes ficam horas à espera de atendimento e depois ainda aguardam durante longo tempo para resultados de exames e muitos acreditam que essa situação é culpa de médicos, enfermeiros e outros profissionais que ali trabalham e passam a agredi-los verbalmente e até fisicamente.” Ela lembra do caso onde um paciente foi baleado dentro da UPA São Benedito e ressalta que cenas como essa se repetirão, inclusive com os profissionais, por falta de um vigilante na recepção das unidades.
Além disso, médicos e enfermeiros permanecem em serviço durante várias horas seguidas sem copo descartável para beber água, não têm café ou leite para um lanche, e o quarto onde fazem o descanso é sujo, com infestação de baratas e aranhas, completa a funcionária.
Se não bastasse, os salários dos médicos que trabalham pela Prefeitura são baixos. De acordo com a funcionária, se for comparar o valor do plantão, um enfermeiro no Hospital de Clínicas recebe R$800 pela mesma carga horária, o dobro do que médicos do município recebem. “Os profissionais das UPAs necessitam de mais segurança, melhores condições de trabalho e remuneração”, finaliza.