SUBMERSO

Risco de inundações sem rede pluvial local preocupa moradora de Uberaba

A professora Letícia Apolinário revela sofrer prejuízos financeiros e risco de doenças transmitidas por animais devido às inundações provenientes de fortes chuvas em Uberaba; a Codau confirma falta de rede pluvial no local

Luciana Rodrigues
Publicado em 04/12/2024 às 11:08Atualizado em 04/12/2024 às 14:26
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Com o início do período de chuvas, a moradora destacou que, devido à falta de bueiros, todo o fluxo de água atinge sua residência (Foto/Reprodução)

Com o início do período de chuvas, a moradora destacou que, devido à falta de bueiros, todo o fluxo de água atinge sua residência (Foto/Reprodução)

O período chuvoso em Uberaba deixa a professora Letícia de Araújo Apolinário apreensiva. Ela reside na rua Doutor Silvério José Bernardes, no bairro Irmãos Soares, e relatou ao Jornal da Manhã que o local sofre com inundações. 

“Não são somente as casas da periferia que têm alagamentos e os moradores sofrem com prejuízos. Eu resido perto da igreja Medalha Milagrosa, uma área nobre da cidade, e já perdi vários móveis por causa da chuva”, conta. A professora acrescenta que já fez diversas tentativas para resolver o problema, inclusive com investimentos em infraestrutura. 

Além disso, Letícia Apolinário também tentou contato com a Codau (Companhia Operacional de Desenvolvimento, Saneamento e Ações Urbanas de Uberaba), a princípio pelo Fale 115. “Meu telefone tem o DDD de fora, não completava a ligação. A única saída foi enviar um e-mail no dia 31 de outubro, solicitando a instalação de uma galeria pluvial”, explica.

Dias depois, em 3 de novembro, a professora recebeu retorno da companhia afirmando que seu pedido havia sido encaminhado para o setor responsável pela demanda. Desde então, aguardava retorno mais assertivo sobre medidas a serem tomadas. 

Com o início do período de chuvas, a moradora destacou que, devido à falta de bueiros, todo o fluxo de água da Rua Rogério Batista atinge sua via, que fica próxima à Av. Santos Dumont – Centro. “A minha casa é um sobrado, onde moro embaixo e minha mãe em cima. Fizemos um quarto para minha filha, com aquela cama montessoriana, tememos pela sua vida, pois a água atingiu mais de 20cm”, lamenta.

A professora também relatou que, durante as inundações, não é raro aparecerem ratazanas. Ela já perdeu um amigo com leptospirose, uma doença infecciosa febril aguda que resulta da exposição direta ou indireta à urina de animais, principalmente de ratos. “Além do prejuízo material, ficamos expostas às águas que podem estar contaminadas com leptospirose. Tenho uma filha de 2 anos, não imagino o que seria da minha vida se algo acontecer com ela”, desabafa.

Diante da falta de respostas para as inundações constantes em seu imóvel, Letícia Apolinário não descarta a possibilidade de judicializar a questão. “Vou me reunir com os moradores e, se a Codau continuar sem nos dar uma posição, o jeito será acionar o Ministério Público, como já vem sendo adotado por moradores do bairro Valim de Melo”, finaliza.

A reportagem do Jornal da Manhã acionou a Codau sobre a demanda da professora. Em nota, a companhia confirma a ausência de rede pluvial no local. "Em toda a cidade de Uberaba há deficiências no sistema de drenagem pluvial. O município fará um planejamento com cronograma físico-financeiro objetivando soluções tanto para os serviços prioritários, que precisam de soluções em grandes áreas de abrangência populacional, quanto os pontuais", diz a nota. Contudo, não há confirmação de cronograma de data para a prestação do serviço.

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