CIDADE

Quase 90% dos professores da região aderiram à paralisação

Mesmo sem divulgar números exatos, o SindUte informou que 87% dos profissionais de educação que atuam na rede estadual da região de Uberaba paralisaram seus trabalhos

Paulo Fernando Borges
paulofernando1981@gmail.com
Publicado em 13/05/2011 às 00:48Atualizado em 20/12/2022 às 00:21
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Mesmo sem divulgar números exatos, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (SindUte Minas) informou que 87% dos profissionais de educação que atuam na rede estadual da região de Uberaba paralisaram seus trabalhos na quarta-feira, 11, como forma de protesto em defesa da implantação do piso salarial nacional para a categoria. A ação atendeu à convocação da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Além disso, 43 trabalhadores de Uberaba, Uberlândia e Araguari participaram da mobilização em Brasília, durante a audiência que a CNTE realizou com o ministro da Educação, Fernando Haddad.

De acordo com Sônia Regina Monte, coordenadora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/Uberaba), a região, que engloba municípios como Frutal, Campo Florido, Delta, Pirajuba, Veríssimo e Planura, comporta 42 escolas da rede estadual. Segundo ela, as aulas voltaram ao normal ontem. Sônia informa ainda que, além da paralisação e dos protestos de quarta-feira, já está agendada para o dia 31 de maio uma assembleia estadual, para avaliar o andamento das negociações entre Estado e sindicato.

Conforme explicou Sônia, o sindicato está orientando os trabalhadores a optarem pela remuneração composta de vencimento básico, para, desta forma, deixar de lado o subsídio criado pelo governo, pelo qual o trabalhador abre mão de tudo o que conquistou ao longo da sua vida funcional.

“Orientamos a todos que voltem aos seus quadros antigos, para que possamos juntar forças e cobrar ainda mais o governo. É prejuízo certo para a categoria ficar no subsídio, pois isso desvaloriza o profissional, enquanto que o piso incide em benefícios”, disse, revelando outro prejuízo para a classe ao não optar pela implementação do piso salarial. “Pela lei do subsídio, não temos a garantia de aumento salarial anualmente. Afinal, isso depende da Lei de Responsabilidade Fiscal. Já pela Lei do Piso, todo dia 1° de janeiro é data-base de reajuste, de acordo com o custo-aluno”, completou.

Atualmente, o piso estipulado pelo Ministério da Educação, baseado no INPC, é de R$ 1.187, para uma jornada de no máximo 40 horas. Sônia explica que, de acordo com a lei, esse valor deveria ser de R$ 1.597, sendo calculado com base no valor custo-aluno. “A diferença se dá na forma como são feitos os cálculos”, revela, lembrando que a mudança foi feita de forma automática pelo Estado.

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