A possibilidade de venda do Bosque Jacarandá à iniciativa privada, cogitada pelo prefeito Anderson Adauto, motivou reação imediata
A possibilidade de venda do Bosque Jacarandá à iniciativa privada, cogitada pelo prefeito Anderson Adauto (PMDB), motivou reação imediata do Partido Verde Uberaba, presidido pelo ambientalista Cacá Peres. A legenda solicitou audiência pública junto à Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara Municipal, integrada pelos vereadores João Gilberto Ripposati (PSDB), Marcelo Borges - Borjão (PMDB) -, José Severino (PT) e Samuel Pereira (PT), com objetivo de debater, aprofundar e encaminhar propostas sobre o tema, ouvindo inclusive segmentos da comunidade uberabense.
Cacá lembra que o Bosque é patrimônio ambiental público, vital para a flora e fauna existentes na mata nativa e no zoológico municipal, que precisa ser revisto tanto em conceito quanto em infraestrutura e localização. Quanto ao valor imobiliário, o dirigente ressalta que o local não pode sobrepor à importância do valor ambiental e natural. “Inserir esta área ao empreendimento privado é tirar do cidadão uberabense o direito de usufruir um bem-comum e restringir seu acesso ao comprador do imóvel, caso se concretize tal negociação”, diz.
Ele lembra ainda que a então gerente executiva da UGP do “Água Viva”, Ana Luiza Bilharinho, em 2009, alertou sobre a nascente localizada no Bosque, que estaria sumindo abaixo da pista, ressaltando a necessidade de uma atenção maior da Secretaria de Meio Ambiente. “A matéria tratava sobre espelho d’água previsto no início do Parque da Cidade, oriundo da nascente citada. Portanto, o assunto é sério, complexo e merece maior atenção das autoridades”, lembra.
Cacá destaca que os animais estão se refugiando, cada vez mais, nas áreas verdes urbanas em decorrência da destruição de seu habitat, “com anuência e omissão de certas autoridades políticas”. E defende a aquisição de novos parques Unidades de Conservação (UC), sem que o município abra mão daquelas já consolidadas.