Trabalho, que antes era realizado apenas na capital Belo Horizonte, visa captar recursos e destiná-los às forças de segurança
O 5º Departamento da Polícia Civil (PC), com sede em Uberaba, se especializou em processos complexos como o bloqueio e a captação de ativos financeiros das organizações criminosas. Procedimentos deste tipo eram realizados somente em Belo Horizonte, mas ferramentas tecnológicas já foram buscadas e os agentes estão capacitados e operando. É o que revelou o delegado Chefe, César Felipe Colombari, em entrevista para jornalistas do Grupo JM de Comunicação, esta semana.
A estratégia é desmantelar facções criminosas focando não apenas nas prisões dos indivíduos, mas também na "descapitalização" desses grupos. "Além de desmotivar a prática do crime, podemos reverter esses recursos em benefício da sociedade”, acrescenta.
Em 2023, o mesmo Departamento se destacou como o que mais prendeu de iniciativa. Sob o comando de Colombari, foram apreendidos mais de R$ 2 bilhões em dinheiro, criptomoedas, veículos e imóveis, afetando organizações criminosas e expondo a origem ilícita de bens.
Colombari lembra que parte desses recursos podem ser revertidos para a Polícia Civil e isso se deu após o Governador Romeu Zema publicar decreto que destina 90% dos recursos de apreensões para um fundo de segurança pública. Esse capital será destinado à PC para aquisição de equipamentos, novos prédios e aperfeiçoamento das investigações.
Com as mudanças, o futuro da investigação policial em Minas Gerais tende a ser mais exitoso e, para Colombari, “o objetivo, agora, é trabalhar para que a gente tenha cada vez mais segurança verdadeira, e a criminalidade se afaste do nosso estado”.