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O cafezinho do dia a dia aumenta em mais de 50%, diz pesquisa do Procon

Rafaella Massa
Publicado em 14/06/2024 às 18:57
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Nas gôndolas dos supermercados, o pacote de café aumentou mais de 50%, aponta pesquisa do Procon (Foto/Reprodução)

Nas gôndolas dos supermercados, o pacote de café aumentou mais de 50%, aponta pesquisa do Procon (Foto/Reprodução)

Nas gôndolas dos supermercados, o preço do pacote de café de 500 gramas gira em torno de R$17 a R$20. O aumento é de mais de 50% em comparação com o preço médio constatado pela Fundação Procon de Uberaba na pesquisa da cesta básica referente ao mês de maio. Mas a situação pode piorar, dependendo das condições climáticas do inverno de 2024.

O panorama é traçado pelo produtor de café Menerval Prata. De acordo com ele, neste momento, o preço do grão moído se estabilizou. “A tendência é estabilizar nesse preço ou mais um pouco. A saca quase dobrou de preço. Hoje, uma saca do nosso café, que é diferenciado, estamos comprando na faixa de R$1.300, enquanto há algum tempo estávamos comprando na faixa de R$750 a R$800. Então, é um aumento substancial”, afirma.

No entanto, o cenário pode mudar conforme o calendário avança para o mês de julho. As características do inverno, de tempo frio e seco, devem se intensificar, o que já é esperado. Caso ocorra uma geada, o panorama pode se agravar. “Eu acredito que agora deve estabilizar um pouco, até surgirem outros fatores que podem acontecer, incluindo questões climáticas. A gente não sabe se terá uma geada; se houver, haverá alteração [no preço]”, analisa.

Prata explica que, neste momento, está em andamento uma safra que deve ser finalizada em agosto. Já a próxima colheita depende da quantidade de chuvas nos próximos meses. “Depende muito do clima agora. Ainda vamos ter um inverno mais rigoroso, talvez no mês que vem. E depois tem o período de estiagem até dezembro. Se, por exemplo, não chover e houver problemas na florada, haverá uma oferta menor e, com certeza, ocorrerão oscilações”, conta Menerval.

Além disso, Menerval explica que a exportação do café cresceu devido às dificuldades no mercado externo. Dessa forma, a oferta interna foi prejudicada. “Essa alta do café conilon é um fenômeno mundial. O Vietnã produziu muito pouco e é o maior produtor de café conilon. Eles tiveram uma alteração climática muito forte e, realmente, não puderam fornecer para seus clientes na Europa. Então, houve aumento porque eles vieram buscar esse conilon no Brasil, o que também alterou o preço. Depende muito da demanda para equilibrar o preço”, explica.

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