Moradores do Parque dos Girassóis participam de escuta ativa no evento Café e Moradia

O evento Café e Moradia, realizado na manhã desta quarta-feira (18), no Cras Girassóis, promoveu um diálogo direto e produtivo entre moradores do Parque dos Girassóis e as equipes responsáveis pela Avaliação Pós-Ocupação de Habitação de Interesse Social (APO-HIS), que vai subsidiar a atualização do Plano Local de Habitação de Interesse Social (PLHIS) de Uberaba. A ação teve como objetivo principal ouvir a população sobre as condições das moradias e identificar prioridades para o planejamento das políticas habitacionais do município.

A iniciativa é fruto de uma parceria entre a Companhia Habitacional do Vale do Rio Grande (Cohagra), a Universidade Federal de Uberlândia (UFU), por meio da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e Design e do grupo de pesquisa Mora, com apoio da Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds) e financiamento do Ministério Público de Minas Gerais. Durante o encontro, os moradores participaram de rodas de conversa e atividades conduzidas por pesquisadores da UFU, que vêm desenvolvendo ferramentas de diagnóstico para compreender a fundo a realidade enfrentada nas residências do bairro.

A vice-presidente da Cohagra, Regiane Isidoro, esteve presente e destacou a relevância de unir ciência e realidade social. “Esse rigor científico aplicado à política pública é fundamental, mas hoje o mais importante foi ouvir quem realmente vive a realidade da habitação: o morador. O olho no olho com a população é o que move tudo isso. São eles que vivem dentro das casas e são o nosso foco”, afirmou.

A coordenadora do grupo de pesquisa Mora e professora da UFU, Simone Barbosa Villa, ressaltou a importância do momento como ponto de partida para o aprimoramento das políticas públicas. “Esse é um trabalho de base, olho no olho, que escuta a comunidade. Já aplicamos essa metodologia em outras cidades, sempre com o objetivo de fazer com que as informações vindas dos moradores cheguem ao poder público. A casa é a nossa terceira pele, é essencial garantir habitabilidade e qualidade de vida. Escutar é o primeiro passo para isso,” destacou.

Esta foi a primeira etapa da coleta de informações. Outras ações já estão programadas para dar continuidade à escuta da comunidade. A partir de todas essas coletas de dados será feita uma análise técnica que subsidiará propostas para qualificar as moradias existentes e orientar futuras construções. O levantamento servirá para atualizar o PLHIS, documento estratégico que norteia ações do setor habitacional, inclusive na captação de recursos e na definição de políticas voltadas à população de baixa renda.