Dados do último levantamento realizado pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), em Minas Gerais, indicam que dos 21,4 milhões de moradores do Estado em 2021, 82,4% tinham acesso ao sistema de rede de água. Destes, apenas 74,1% habitavam em residências com sistema de rede de coleta de esgoto.
Segundo o Instituto Trata Brasil, Minas Gerais apresenta diferentes realidades em relação ao acesso à água e ao esgotamento sanitário. O desempenho de Uberaba é superior à média do Estado, com 99,8% da população com acesso à água, mais 98,5% com atendimento total de esgoto e 99,62% com acesso a tratamento de esgoto.
Destaca-se ainda em relação à média do Estado a vizinha cidade de Uberlândia, parte da Região Metropolitana de Belo Horizonte — e outros municípios espalhados pelo interior e, que, a exemplo de Uberaba, estão muito bem atendidos e perto de alcançar a universalização dos serviços estipulados pelo Marco Legal do Saneamento (Lei Federal 14.026/2020). No entanto, há outras regiões do estado mineiro onde o acesso ao saneamento básico ainda é precário.
Como estado brasileiro com a maior quantidade de municípios — 853 no total —, regiões como o Norte de Minas sofrem com o acesso ainda precário de água potável para consumo. Em resposta a este problema, o governo de Minas Gerais desenvolve o Programa Água Doce.
O Programa Água Doce é uma ação do governo federal, coordenada pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional. No Estado, o programa é coordenado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e visa sistemas de dessalinização de água em comunidades rurais do semiárido mineiro.
Até o momento, está prevista a instalação de 69 sistemas de dessalinização de água, podendo beneficiar 28 mil habitantes em 26 municípios do semiárido mineiro.