A passeata, organizada pela Igreja Presbiteriana Central de Uberaba (Foto: Ana Beatriz Leite)
Foi realizada na manhã de domingo (8) uma passeata pacífica em homenagem a Melissa Campos, adolescente assassinada dentro da sala de aula no último mês. O evento reuniu cerca de 1.200 pessoas e percorreu importantes vias de Uberaba.
A passeata, organizada pela Igreja Presbiteriana Central de Uberaba, da qual Melissa era membro e participava ativamente, teve início no colégio Livre Aprender, local onde aconteceu o crime que abalou Uberaba. A concentração teve início às 8h, com os participantes recebendo um balão branco, que deveriam levar consigo durante a caminhada. Os participantes também usavam roupas brancas.
Com orações, homenagens e músicas cristãs, às 9h a passeata teve início, seguindo um caminhão de som e passando pela avenida Nenê Sabino, Avenida da Saudade e rua Jaime Bilharinho, até chegar na rua Ricardo Misson, no templo da Igreja Presbiteriana. Lá, os balões distribuídos no início da caminhada foram colocados na entrada da igreja.
Em seguida, foi realizado um culto em homenagem a Melissa, onde sua vida e os valores que ela seguia foram evidenciados. Durante todo o trajeto, a Guarda Civil Municipal e a Polícia Militar estiveram presentes, dando apoio e garantindo a segurança dos participantes. A Codau também esteve presente, disponibilizando água potável durante a caminhada. A caminhada também foi apoiada pela Prefeitura de Uberaba.
Relembre o caso
No dia 8 de maio deste ano, Melissa Campos, de 14 anos, estava na sala de aula do colégio Livre Aprender quando, segundos após receber um papel de um colega da mesma idade, foi atacada com três golpes de faca no tórax, morrendo no local. O autor fugiu, sendo capturado pela polícia horas mais tarde. Após intensas investigações, a polícia apreendeu no dia seguinte mais um adolescente, também de 14 anos, envolvido no caso.
Em coletiva de imprensa, autoridades afirmaram que a motivação do crime foi a inveja, conforme relato do próprio autor, que disse ter atacado a vítima por ela representar uma alegria que ele não possuía. Os adolescentes seguem apreendidos e responderão por ato infracional análogo ao homicídio triplamente qualificado, com possibilidade de aplicação da medida socioeducativa de internação, cuja duração máxima, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente, é de três anos.