NOVA ESTAÇÃO

Inverno 2025 deve ter mais frentes frias, mas temperaturas seguem acima da média em Uberaba

Juliana Corrêa
Publicado em 19/06/2025 às 16:49Atualizado em 19/06/2025 às 17:05
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O inverno de 2025 começa oficialmente às 23h42 desta sexta-feira (20) e se estende até o dia 22 de setembro. O período será marcado pela neutralidade climática, sem a influência dos fenômenos El Niño ou La Niña, o que favorece maior frequência de frentes frias e incursões de ar polar sobre a região Sudeste. 

Segundo a climatologista Alcione Wagner, em Uberaba e entorno, a estação deve seguir o padrão climatológico de ser o período menos chuvoso do ano, com previsão de precipitação total entre 100 e 110 milímetros entre junho e setembro — volume considerado normal para a região. Diferente dos últimos dois anos, a expectativa é de um inverno mais típico, com o retorno das frentes frias e, a partir de setembro, o início da formação de corredores de umidade, o que tende a contribuir para uma recuperação gradual das condições atmosféricas.

As temperaturas devem apresentar comportamento atípico, com médias entre 1°C e 1,5°C acima do normal climatológico. Ainda assim, estão previstas várias passagens de frentes frias, incluindo uma primeira onda de frio mais intensa entre o final de junho e o início de julho. Neste período, a temperatura mínima pode ficar abaixo dos 10°C, com até cinco dias consecutivos de frio mais rigoroso, atingindo marcas até 5°C abaixo da média esperada para o período. 

Julho e agosto deverão concentrar os dias mais secos da estação, com sucessivas passagens de frentes frias, o que reforça a previsão de um inverno com dinâmica atmosférica mais ativa, ainda que as temperaturas não se mantenham persistentemente baixas. A expectativa, segundo a especialista, é de que o inverno de 2025 seja menos severo que os anteriores, apesar dos episódios pontuais de frio mais intenso. 

Baixa umidade 

Wanda Prata, climatologista, conta ao Jornal da Manhã que o inverno de 2025 será caracterizado por tempo seco e baixa umidade relativa do ar, com médias que podem atingir índices críticos, entre 20% e 30%. Segundo ela, há uma predominância de sistemas de alta pressão atmosférica sobre a região central do país, o que impede a chegada de chuvas organizadas. “A alta pressão atua como um bloqueio, não permitindo que as frentes úmidas avancem em direção a nossa região”, explica. 

Com a evaporação média diária entre 6 e 8 milímetros, a climatologista alerta para o rebaixamento do nível das águas e o aumento do risco de queimadas e incêndios florestais, especialmente em julho e agosto. A ausência de chuvas até pelo menos o início de setembro agrava a situação, mantendo o solo e a vegetação ressecados. Wanda destaca que, embora possa haver alguma mudança pontual nas condições atmosféricas, o cenário predominante é de um inverno seco, sem previsão de geadas ou quedas bruscas e prolongadas de temperatura. 

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