O levantamento mostra que na comparação mensal, após 2 meses consecutivos exibindo desempenho positivo, no mês de abril o setor registrou queda
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Indicadores da indústria voltaram a registrar retração no mês de abril na região do Triângulo Mineiro. O levantamento divulgado pela Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) mostra que na comparação mensal, após dois meses consecutivos exibindo desempenho positivo, no mês de abril o setor registrou queda, que estaria relacionada a um fator sazonal das indústrias alimentícia e química instaladas na região.
O faturamento real da indústria no Triângulo Mineiro caiu 31,2% no mês de abril em relação a março e 22% se comparado com o mesmo mês de 2016. Considerando os quatro primeiros meses do ano, a queda de janeiro a abril de 2017, diante de 2016, foi de 1,6%, acumulando redução nos últimos 12 meses de 18%. Considerando a geração de emprego para o setor, os números também não são animadores. Na comparação de abril com março, a redução de vagas foi de 14,8%, enquanto que em relação ao mesmo mês do ano passado o número também foi negativo em 11,8%. Os quatro meses deste ano diante do mesmo período de 2016 apresentaram redução de 12,9% no quesito emprego na indústria da região do Triângulo Mineiro, o que acumula queda nos últimos 12 meses de 10,6%.
De acordo com o presidente da Fiemg/Regional Vale do Rio Grande, Altamir Rôso, no setor de alimentos a queda foi na produção de carne, de açúcar e, ainda, o fechamento de uma unidade industrial, que também refletiu de forma representativa nessa tendência de queda. Quanto ao setor químico, que na região é representado pela produção de fertilizantes, assim como o alimentício, também segue um fator sazonal, de épocas de entressafra. “Vemos essa queda com preocupação, para que não seja uma tendência. O que queremos é uma retomada da economia e, como tivemos no primeiro trimestre do ano um pequeno crescimento, queremos acreditar que seguiremos essa tendência de retomada”, destaca o presidente.
Quando questionado se as questões políticas que o país enfrenta geram preocupação, Altamir diz que sim. Segundo ele, apesar de ter uma expectativa para que o crescimento continue, existe insegurança política no país, sem a garantia de que serão aprovadas as reformas da Previdência e trabalhista, para que haja confiança no mercado. “Por isto é, sim, uma situação de muita apreensão, não conseguimos visualizar o nosso futuro, mesmo em curto prazo”, afirma.