MUITO CUIDADO

Feriado prolongado exige atenção redobrada contra afogamentos, alertam os Bombeiros

Dandara Aveiro
Publicado em 17/04/2025 às 11:00
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O fim de semana prolongado atrai maior movimentação em rios, cachoeiras, lagos e piscinas, o que também eleva os riscos de afogamentos. Em 2024, o Corpo de Bombeiros registrou 58 ocorrências dessa natureza na região do 8º Comando Operacional, sediado em Uberaba, que abrange municípios do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Os dados reforçam a importância da prevenção em áreas naturais, que, embora atrativas, apresentam riscos como correntezas, profundidade desconhecida e fenômenos como a cabeça d’água. 

De acordo com a cabo Andrea Veloso, várias cachoeiras da região já têm histórico de acidentes graves e fatais. É o caso da Cachoeira da Fumaça, onde muitos incidentes ocorrem logo no acesso. “É um ponto delicado inclusive para os atendimentos, que acabam sendo mais lentos e, em caso de gravidade, não há como realizar uma retirada rápida da vítima”, explica a militar. 

Outros pontos que exigem atenção incluem a Cachoeira da Lea, o Rio Grande e as cachoeiras da região de Peirópolis, frequentadas principalmente por moradores e turistas. Todos esses locais, segundo Veloso, já registraram mais de uma morte por afogamento. 

Registros do 8º Batalhão de Bombeiros Militar de Minas Gerais (8º BBMMG), apontam que 58 casos de afogamento foram registrados no ano passando, sendo 55 consumados e três classificados como princípio de afogamento. A maior parte das fatalidades são em ambientes naturais, como rios e cachoeiras, locais que costumam atrair grande número de visitantes em períodos de feriado, mas que exigem cuidados específicos.  

Entre as potenciais vítimas de afogamento, destacam-se crianças e adolescentes. Dados do Corpo de Bombeiros e de organizações internacionais mostram que, no mundo, essa é a terceira causa de morte acidental entre pessoas de 5 a 14 anos. No Brasil, os casos ocorrem, em sua maioria, em água doce. Enquanto isso, as crianças de 1 a 9 anos são mais afetadas em ambientes domésticos, como piscinas.  

Já nas cachoeiras, um dos maiores perigos é a cabeça d’água, que pode surpreender até em dias de sol. “Esse tipo de fenômeno é muito comum em nossa região e já provocou acidentes fatais, como na Cachoeira do Azulim, em Sacramento”, alertou a cabo Veloso. A recomendação é evitar entrar na água em dias com previsão de chuva, mesmo que seja em locais distantes, e sair imediatamente caso o nível da água suba ou a coloração mude repentinamente. 

Para evitar afogamentos, os Bombeiros orientam que:  

  • Crianças nunca fiquem sozinhas em piscinas e que os responsáveis evitem distrações, optando por coletes em vez de boias infláveis.  
  • Em rios, lagos e cachoeiras, correntezas, locais profundos ou escorregadios sejam evitados, assim como entrar na água após consumir álcool ou medicamentos.  
  • Se utilize uso colete salva-vidas em embarcações, e não salte ou mergulhe de cabeça.  
  • Fique atento ao tempo, pois chuvas podem causar aumento repentino do nível da água, como nas cabeças d’água.  
  • Dê preferência a locais com a presença de salva-vidas e evite realizar resgates sem preparo.

Em casos de emergência, acione o Corpo de Bombeiros pelo 193.

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