Para preservar essa rica tradição cultural, a Fundação Cultural de Uberaba tem intensificado seus esforços (Foto/Divulgação)
Patrimônio imaterial de Uberaba, a Folia de Reis tem enfrentado desafios nos últimos anos, marcados por perdas pessoais significativas e pela transição de lideranças. Enquanto algumas foram repassadas às gerações seguintes, outras não tiveram continuidade. Para preservar essa rica tradição cultural, a Fundação Cultural de Uberaba tem intensificado seus esforços.
Cássio Facure, presidente da Fundação, destacou em entrevista ao programa Pingo do J, da Rádio JM, que a pandemia da Covid-19 trouxe um impacto profundo, com a perda de muitos capitães de Folias de Reis na cidade. Em alguns casos, os filhos assumiram a liderança, mas, em outros, as folias simplesmente deixaram de existir. Apesar disso, ele reforça que a tradição permanece viva em Uberaba. "É uma cultura que precisamos preservar. Como patrimônio imaterial do município, é dever do poder público garantir que essa prática continue, perdure e conte a nossa história", enfatizou.
Segundo Facure, o município agora possui condições para elaborar um festival mais abrangente e incentivar as folias como forma de manter a tradição viva. Um recadastramento das Folias de Reis está sendo realizado devido às novas exigências do ICMS Cultural. Ele explicou que, anteriormente, as folias eram cadastradas de forma regional, mas agora precisam estar vinculadas ao município de origem para não prejudicar outros companheiros da tradição.
Outro ponto destacado foi o papel dos editais vinculados à Lei Aldir Blanc, que já beneficiaram vários mestres de Folia de Reis na cidade, fornecendo recursos para manutenção e aquisição de instrumentos. "Esses projetos são fundamentais para fortalecer e valorizar essa herança cultural tão importante para Uberaba", concluiu Facure.