O varejo pegou carona no calendário de saques das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e tem oferecido vantagens fora de época para tentar fisgar o consumidor. Porém, é preciso cuidado, o consumidor deve ter cautela para usar esse recurso extra. Mesmo antes de liberar o pagamento do FGTS das contas inativas, o comércio já estava animado com esse recurso circulando pelo mercado, e agora, para aproveitar que alguns estão com o dinheiro no bolso, tentam atrair o consumidor para as compras.
Contudo, é preciso ter consciência do que se vai gastar. Segundo o economista Sérgio Martins, antes de tudo é preciso ter a necessidade daquela compra, senão o melhor é guardar o dinheiro. “As promoções que o comércio está fazendo são de forma legítima, e as pessoas estão recebendo um dinheiro extra que é muito valioso. É preciso pensar antes de gastá-lo. Quase 90% das pessoas que estão recebendo são valores abaixo do salário mínimo, e mesmo que não seja uma alta quantia, é preciso ter cautela. A primeira pergunta a ser feita é se realmente precisa de algo, pois se a pessoa for gastar o dinheiro por gastar, é melhor guardar para uma situação futura”, explica o economista.
Inclusive, a Rádio JM esteve recentemente na Caixa Econômica Federal para conversar com consumidores que iriam receber o dinheiro e alguns revelaram que, por ser um valor baixo, iriam gastar com compras em geral. “Eu também recebi no banco algumas pessoas com esse pensamento, e isso reflete o nível de educação das pessoas no país”, afirma. Por outro lado, para aqueles que pretendem guardar o dinheiro, Sérgio explica que é importante ter um motivo pelo qual está guardando, mesmo que seja com a intenção de ter uma reserva diante de uma emergência futura, pois se não houver razão, as pessoas acabam gastando aos poucos.