Dia do Orgulho: Uberaba lança vídeo sobre criminalização da LGBTfobia

Como ação principal para marcar o Dia do Orgulho LGBTQIA+, celebrado neste sábado (28), a Coordenadoria de Diversidade LGBT+ de Uberaba vai lançar um vídeo educativo sobre a criminalização da LGBTfobia. A produção, que será divulgada nas redes sociais da Prefeitura de Uberaba, busca informar a população sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal que, desde 2019, passou a considerar a LGBTfobia um crime, nos mesmos termos da Lei do Racismo. A coordenadora Lucimira Reis destaca que o objetivo é conscientizar sobre os direitos da população LGBTQIA+ e reforçar que o preconceito não pode ser tratado com naturalidade: “é crime e precisa ser denunciado”.

De acordo com Lucimira, a proposta do vídeo é ser um instrumento de conscientização e enfrentamento à violência e ao preconceito. “Muita gente ainda não sabe que LGBTfobia é crime. Nosso papel, além de acolher, é educar e informar. Queremos mostrar que o preconceito tem consequências legais e precisa ser denunciado”, afirmou. A decisão do STF enquadra ofensas, agressões ou discriminações motivadas por orientação sexual ou identidade de gênero como crime de racismo, com penas que podem chegar a cinco anos de prisão.

A coordenadora também alerta para o crescimento dos ataques no ambiente virtual. Segundo ela, redes sociais têm sido palco constante de manifestações de ódio, incitação à violência e humilhações contra pessoas LGBTQIA+. Apesar da ausência de dados locais consolidados, a Coordenadoria atua para construir uma rede de apoio e articulação com órgãos estaduais, visando reunir estatísticas e ampliar o combate à discriminação. “O enfrentamento passa por uma resposta legal, mas também por uma mobilização da sociedade”, pontuou.

Além do vídeo, Uberaba se prepara para realizar a Parada LGBTQIA+, ainda sem data definida. Para Lucimira, ações como essa, junto a campanhas educativas, são fundamentais para promover respeito e gerar reflexão. “Não se trata de aceitar ou não. Trata-se de compreender que direitos existem, que vidas importam e que o preconceito precisa ter um fim. A informação é o nosso maior instrumento de transformação”, completou.