Desrespeito continua nos bancos

Na manhã de ontem, ao entrar na agência central da Caixa Econômica Federal de Uberaba, o aposentado Durval José Silva, 62 anos, esperava resolver todas as suas pendências e ir embora aproveitar o restante do dia para cuidar de outras coisas. Às 10h em ponto, ele entrou. Porém, 27 minutos depois, voltou transtornado e nervoso com a situação. Quase meia hora de espera e seu problema não havia sido resolvido.

Segundo ele, ontem havia sido o segundo dia, só nesta semana, em que ele tentava resolver a pendência, que se arrasta há quase um mês. “Eles não nos respeitam. Demoram a atender e no fim não resolvem nada”, disparou.

Na mesma agência, o estudante Róbson Jacob, 23, levou pouco mais de 30 minutos para conseguir pagar uma boleta e receber a parcela do Seguro-Desemprego. Em relação ao tempo, ele quase nem lamentou. Porém, no que diz respeito ao atendimento, Róbson não poupou os funcionários da CEF. “Na verdade, ninguém gosta de perder seu tempo no banco e isso deveria ser o menos cansativo possível”, afirmou.

Na tentativa de encontrar respostas para os atrasos e o atendimento ineficaz, a reportagem tentou entrar em contato com o gerente Marco Edmundo França. No entanto, não foi localizado.

No Procon, a informação é de que uma lei municipal determina que o máximo de permanência nas filas em dias de expediente normal é de 20 minutos, e 30 minutos para dias anteriores e pós-feriados e de recebimento de servidores.

O coordenador do Procon, Sebastião Severino, explicou que várias agências de bancos diferentes de Uberaba já foram multadas, mas nem sempre cumprem com a determinação. “O cliente deve sempre pedir a senha para fazer valer seus direitos. Chegando ao Procon com a senha e o horário de entrada e saída, tomaremos as medidas cabíveis”, salientou. A multa mínima é de R$ 400 e a máxima, R$ 750 mil. Segundo Sebastião, várias agências já foram multadas em Uberaba.