CIDADE

Catadores de papel não conseguem abastecer a demanda por recicláveis

Cooperativa de Recolhedores Autônomos de Resíduos Sólidos e Líquidos (Cooperu) enfrenta dificuldade para atender a demanda

Marília Cândido
Publicado em 13/05/2011 às 00:50Atualizado em 20/12/2022 às 00:21
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Cooperativa de Recolhedores Autônomos de Resíduos Sólidos e Líquidos de Uberaba (Cooperu) enfrenta dificuldade para atender a demanda por produtos recicláveis na cidade. “Tudo o que é recolhido atualmente é vendido e há muito espaço para aumentar a produção”, afirma o diretor de Captação de Resíduos Sólidos, Mário Lúcio Cardoso. Para ele, a coleta seletiva em Uberaba ainda está longe de ser ideal. “Nós não podemos dizer que a coleta seletiva é um assunto resolvido em Uberaba, mas tem sido trabalhado exaustivamente, com muito empenho”, declarou o diretor em entrevista ao programa Conexão JM na Rádio JM – 730 kHz.

Cardoso afirma que uma das dificuldades vem da falta de estrutura. Atualmente, a Cooperativa trabalha com dois caminhões recolhendo material na rua, enquanto o ideal seriam 12.  “Nós tínhamos a parceria com a Prefeitura que disponibilizava quatro caminhões, sendo que três motoristas romperam o contrato. Agora, a cooperativa está se preparando para, por meio de convênio com a Prefeitura, contratar mais quatro caminhões. Para isso, estamos concorrendo atrás de três editais para completar essa frota”, afirma.

Diante da falta de estrutura, a  cooperativa não consegue atender, por exemplo, à demanda da Inpa, indústria de embalagens que compra material. “A Inpa carece de matéria-prima e já nos reunimos com a diretoria para falar sobre isso. Hoje, nós só não estamos fornecendo porque não temos volume suficiente para atendê-los.”

Outro problema apontado pelo diretor da Cooperu é o fato de o papel não ser um material interessante para o catador. “Os materiais com que ele mais trabalha são o alumínio (latinhas) e a garrafa PET, que têm menos peso e melhor preço na comercialização, além de ser mais práticos de manuseio. “O jornal, a revista e o papel branco são menos coletados, porque pesam muito e valem pouco”, explica.

Uma das alternativas para resolver o problema são as micro redes de catadores. O diretor explica que estão sendo criados núcleos em bairros para dinamizar o recolhimento e garantir uma maior cobertura e atender a demanda por papel.

Para trabalhar a união dos catadores e fazer um mapeamento dos trabalhos, a cooperativa vai promover um almoço no dia 5 de julho, na sede da Uai, na Av. Leopoldino de Oliveira, 1254. As adesões podem ser feitas nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras).

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