Profissionais do setor afirmam ter poucas informações sobre a possível paralisação e dizem que não há clima para a mobilização nacional
Foto/Arquivo
Caminhoneiros ameaçam fazer greve para conseguirem o atendimento de reivindicações por parte do governo; em setembro Uberaba foi um ponto de paralisação de início do movimento
Motoristas de Uberaba não acreditam em nova greve dos caminhoneiros, como tem sido ventilado nos últimos dias. Reportagem do Jornal da Manhã falou com dois transportadores autônomos ontem. Nos últimos dias, a Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava) divulgou que estava convocando nova paralisação a partir do dia 1º de novembro.
Leonildo Amarildo, que estava em trânsito da cidade de Cristalina-GO para Uberaba, afirmou que ouviu comentários de uma possível greve, mas não se mostrou propenso a aderir. “Eu ouvi falar, sim, dessa possível greve, mas acho que não vai virar nada. O pessoal está muito desanimado. Quando faz a paralisação fica bom para trabalhar dois dias, mas depois piora de novo. É complicado”, lamentou.
Ele ainda lembrou que o preço do óleo diesel está muito alto e tem tornado a atividade dos transportadores inviável. “Em algumas cidades do estado de Goiás o diesel S-10 está custando R$5,30, R$5,25. Está difícil trabalhar, a gente trabalha de teimoso”, aponta.
Outro que falou com a reportagem foi Roney Nunes, que também disse não acreditar em nova greve. “Olha, eu estou em diversos grupos do WhatsApp e não vi nada sobre essa paralisação”, revelou.
A Abrava promete entregar uma lista de reivindicações para o governo. Segundo as entidades, sinalizações positivas são necessárias para evitarem uma paralisação nacional a partir de 1º de novembro.