IMPASSE FINANCEIRO

Sem repasse da Prefeitura, Beneficência atrasa salários

Responsável pela instituição alega que todos os hospitais da rede estão em débito

Letícia Marra
Publicado em 13/01/2023 às 09:03Atualizado em 13/01/2023 às 18:03
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Hospital Beneficência Portuguesa, ao lado da praça Comendador Quintino (Foto/Jairo Chagas)

Hospital Beneficência Portuguesa, ao lado da praça Comendador Quintino (Foto/Jairo Chagas)

Em meio a uma crise financeira que se arrasta há cerca de quatro anos, o Hospital Beneficência Portuguesa enfrenta nova dificuldade. De acordo com denúncia recebida pelo Jornal da Manhã, a instituição não recebeu repasse de R$255 mil da Prefeitura Municipal de Uberaba (PMU) do mês de janeiro.

Segundo o presidente do hospital, Antônio Hueb, esses atrasos no início de janeiro são comuns e, inclusive, já entrou em contato com o titular da Secretaria de Fazenda, Roberto Tosto. "São realizadas adequações no sistema de informática da Secretaria de Fazenda (Sefaz). Já falei com o Tosto, mas não tem jeito, precisa fazer essas mudanças porque o repasse de janeiro só é feito depois dessa troca de sistema para 2023", relatou. 

Hueb ainda relata que receberam a informação que no dia 16 de janeiro será aberta a contabilidade de 2023 e, entre 16 e 20, receberão o repasse. 

O Hospital Beneficência Portuguesa recebe cerca de R$255 mil repassados pela Prefeitura Municipal de Uberaba e R$30 mil do Estado, pelo programa Valora Minas. Entretanto, o valor não é reajustado há cerca de quatro anos. "É insuficiente, não sobra dinheiro. Teria que ter pelo menos R$400 mil para tocar o hospital e fazer as reformas no espaço", aponta o presidente. 

Além disso, Hueb diz que todos os pagamentos da instituição estão atrasados e para o pagamento do 13° salário, no mês de dezembro, tiveram que solicitar empréstimo bancário. Hoje, o Beneficência consegue se manter com emendas parlamentares de deputados e vereadores. 

O Hospital Beneficência Portuguesa atende cerca de 700 diárias hospitalares e possui 100 funcionários diretos. O responsável pela instituição ainda alerta que a situação não é exclusiva da unidade, mas toda a rede está sem o recurso repassado pela PMU e cita o Hospital Mário Palmério, Hospital da Criança, Hospital Regional e Hospital Hélio Angotti. 

A reportagem do JM entrou em contato com o Governo Municipal, que, em nota, informou que "todos os procedimentos de formalização dos processos para os pagamentos dos prestadores de serviços acontecerão quando do inicio da execução orçamentária do ano de 2023".

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