Aumento nos diagnósticos de autismo pressiona atendimento na Apae Uberaba

A incidência de autismo infantil tem crescido nos últimos anos, refletindo diretamente na demanda por atendimento especializado, como o oferecido pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Uberaba. Em entrevista ao programa Pingo do J, da Rádio JM, o diretor da instituição, Alex Ferreira, destacou a importância de diagnósticos criteriosos diante do aumento de casos.  

Ele citou dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, que estimaram que uma em cada 31 crianças de oito anos foi diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em 2022. Ferreira ressalta que o avanço dos métodos diagnósticos tem contribuído para uma identificação mais precisa. Apesar disso, ele alerta para a necessidade de um diagnóstico criterioso, já que o autismo envolve um conjunto de fatores e não apenas características isoladas.   

“Hoje, as pessoas querem justificar algum comportamento, mas temos que lembrar que autismo é um conjunto de características, e não só uma. Aqueles que apresentam três alterações podem ser autistas, em níveis de apoio leve, moderado e severo”, ressalta.   

De forma oficial, o Censo 2022 do IBGE identificou 2,4 milhões de pessoas com diagnóstico de autismo no país, o que representa 1,2% da população. A maior incidência foi registrada entre crianças de 5 a 9 anos (2,6%), seguida da faixa de 0 a 4 anos, com prevalência estimada em 2,1%. Entre os mais jovens, os meninos apresentaram uma taxa mais elevada (2,9%) em comparação às meninas (1,2%).    

Segundo Alex, a demanda por atendimento na Apae Uberaba tem crescido, especialmente entre crianças que necessitam de níveis de apoio moderado e severo. Já aquelas com nível de apoio leve conseguem avançar bem com atendimentos mais simples. “Nosso foco tem sido oferecer suporte especializado para os casos mais graves, garantindo o desenvolvimento e a qualidade de vida dos nossos atendidos”, finaliza. 

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