Nova redação de decreto neste fim de semana abre a possibilidade de retorno de alguma atividade ao setor, fechado desde março
Jairo Chagas
Espaços públicos poderão ser usados para os treinos oferecidos por academias de ginástica da cidade
Com nova redação publicada neste fim de semana, decreto abre possibilidade para o funcionamento de academias e estúdios com atendimento individual de clientes em ambientes abertos. Até então o setor estava totalmente proibido de retomar as atividades devido às medidas sanitárias para conter a disseminação do coronavírus. O novo texto agora proíbe apenas as atividades coletivas em espaço fechado de academias de ginástica, dança, lutas, pilates, musculação, estúdio de personal, treinamento funcional, natação, crossfit e similares.
De acordo com o secretário municipal de Saúde, Iraci Neto, a restrição é necessária porque o problema não é apenas a higienização de equipamentos e espaços, mas o risco de transmissão do vírus pelo ar. “Durante a atividade física, aumenta a capacidade cardiorrespiratória e são expelidas gotículas no ar. Esse é o grande problema da atividade física em ambiente fechado. Mesmo com distanciamento, isso fica suspenso no ar por algumas horas”, pondera.
O titular da pasta afirma que as atividades esportivas individualizadas estão permitidas a partir de agora, mas ressalta que apenas em ambientes externos ou ao ar livre, como estacionamentos, áreas a céu aberto e até praças. “Assim, existe a circulação do ar e pode ser feita a limpeza natural do ar antes do atendimento a cada aluno”, posiciona.
Segundo Iraci, as academias podem até montar a estrutura com alguns equipamentos na área de estacionamento ou outro ambiente externo para atender um cliente por vez. O atendimento deverá ser com hora marcada e devem ser seguidas as medidas de distanciamento entre professor e aluno. “Não pode ser feita atividade em grupo, mesmo em espaço aberto. É uma forma de aglomeração e continua proibido”, ressalta.
O secretário ainda rebate as comparações feitas com as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, onde existe previsão para o retorno quase integral das atividades de academias. “Estamos em momentos diferentes. Ainda estamos com epidemia em ascensão. As outras cidades já atingiram o pico”, encerra.