Um dos meus temas prediletos é “autoestima”, pois é ela o ingrediente principal para a felicidade
Um dos meus temas prediletos é “autoestima”, pois é ela o ingrediente principal para a felicidade e o sucesso. Mas o que precisamos lembrar é que um dos requisitos para aprimorar nossa autoestima é a assertividade, palavra pouco conhecida, ligada à palavra “asserção”, que significa afirmação, alegação, asseveração. Simplificando, é o seguinte: ter um comportamento assertivo é você saber dizer “sim” quando quiser dizer “sim” e dizer “não”, sempre que necessário.
Neste campo, é preciso muito cuidado, porque há muitas pessoas que se denominam assertivas e autênticas, quando na verdade são agressivas, querendo o tempo todo impor suas ideias e seus conceitos.
A assertividade é característica de pessoas autoconfiantes, seguras da sua própria vontade, que sabem defender o seu lugar no mundo, sem agressividade ou prepotência.
Você sabe por que é tão difícil ser assertivo? Porque não foi isso que você aprendeu, desde criança. Falando de forma generalizada, o que você vivenciou, ao longo de sua vida, é que, para ser aceito pela família ou pela sociedade, você precisa concordar com tudo o que eles querem, ser um “bonzinho” para todos, porque, caso contrário, você corre o risco de perder a atenção destas pessoas. E, como é muito mais confortável balançar a cabeça afirmativamente, e não correr riscos, você acaba aceitando o que não quer, para evitar brigas e “cara feia”.
Pois é, o lamentável é que a falta de assertividade pode conduzir as pessoas às doenças, porque “engolir sapos”, com certeza, causa “indigestão” em qualquer um. A pessoa que age assim funciona como uma panela de pressão, chegando uma hora em que não suporta mais e aí as suas emoções negativas se convertem em dores, doenças cardíacas ou outras, mais sérias ainda.
A falta de assertividade começa na infância, acompanhada pelo medo do abandono, e segue, vida afora, afetando os relacionamentos afetivos e profissionais. A pessoa que não consegue, ou melhor, não escolhe exercer o seu direito de assertividade vai, aos poucos, tornando-se desmotivada, sem carisma, totalmente sem objetivos, porque não é capaz de saber o que realmente quer para si, deixando-se conduzir pela opinião daqueles que a cercam. É uma situação lamentável porque é grande o número de indivíduos cheios de talentos que se agarram a situações “mais ou menos” por medo da mudança, por receio de não serem aceitos se agirem diferente.
Procure em suas lembranças as experiências em que você conseguiu dizer “não” quando teve vontade e perceba como você se sentiu bem e autoconfiante, nesta situação.
Entretanto, cuidad não estou dizendo aqui para você negar tudo o que lhe pedem e cultivar o egoísmo, e sim que você aprenda a escutar, com clareza, o seu próprio coração.
Desenvolva em si a capacidade de fazer escolhas pelos seus próprios critérios, sem temer as críticas e as reclamações, e, principalmente, seja assertivo sem culpas. Guarde bem: quanto mais você praticar a assertividade, com diplomacia e sem agressividade, mais encantador você se tornará, e, melhor ainda, servirá de exemplo de autovalorização e autoconfiança para todas as pessoas ao seu redor.
(*) palestrante; apresentadora de TV e rádio e autora de livros motivacionais