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“Meninos, eu vi!”

Tharsis Bastos
Publicado em 15/07/2022 às 19:22Atualizado em 18/12/2022 às 20:40
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O ano era 1980 e no escritório da antiga TV Triângulo (hoje Integração), que eu dirigia, me reuni com o então “contato publicitário”, José Renato Gomes, que acabara de chegar de Uberlândia, onde, na matriz da empresa, estivera por sua vez reunido com o Fábio Maceira, na época gerente comercial daquela rede de TV.

Zé Renato estava eufórico, trazia a informação que a empresa – que era a Globo nos seus tempos de maior brilho! – estava disposta a apoiar a implantação em Uberaba do Clube de Diretores Lojistas, o CDL.

Era uma iniciativa que os lojistas de Uberaba aspiravam e que já fora tentada uma vez, porém havia se frustrado.

Na verdade, havia uma queda de braços neste assunto. O “C” da Aciu de Uberaba significa exatamente esta porção empresarial – o Comércio, e a poderosa entidade uberabense não via com bons olhos o surgimento de outra agremiação, concorrente aos seus objetivos. Mas, são águas passadas. Atualmente, associadas no serviço de proteção ao crédito (SPC), as duas entidades se irmanaram solidamente e hoje fortalecem o desenvolvimento comercial de Uberaba.

O gerente comercial da TV Triângulo, nosso chefe imediato, Fábio Maceira, havia dado ao José Renato a luz verde: – Podem tomar a iniciativa que nós iremos apoiar através da programação da TV.

Missão dada... partimos para a execução. Liguei para um grande amigo, radialista e entusiasta da causa, o Luiz Gonzaga Crosara, e dias depois, com o José Renato fazendo a ponte entre nosso escritório e a matriz em Uberlândia, deflagramos nosso plano.

Marcamos uma primeira reunião entre lojistas, na qual diversos compareceram. Cito aqui, de memória, o Evanir Bianchini (Nave Tecidos), que inclusive levou o livro de atas da primeira tentativa de se instalar o CDL anos atrás.

Foram ainda o José Geraldo Miranda (calçados), o Januário (roupas infantis), o Ronaldo (perfumaria), o Cleginaldo (“Jeguinho” – roupas populares), o Sergio Tremendão (artigos esportivos) e perdoem se esqueci algum.

Um litro de whisky comprado ali no Knecão (bar do Zé Mengálcio e da Titina) animou a reunião e em sua caixa foi lavrado nosso compromisso e a data de uma nova reunião, desta vez em espaço maior que o acanhado escritório da Globo, no Edifício Elvira.

Já com diversos outros lojistas, promovemos a segunda reunião (a esta altura, eram anunciados comerciais gratuitos, de estímulo, na Rede Globo, com o Fábio cumprindo o prometido), que aconteceu nas obras da nova loja que o Sergio Tremendão estava construindo.

Daí para frente, a História se fez! No dia 10 de junho de 1980, após viagens de visitas ao CDL/Uberlândia e após muitas e muitas reuniões, eu, o Crosara e o Zé Renato vimos surgir o CDL de Uberaba, com os lojistas orgulhosos, com as “caixinhas de madeira” servindo como arquivo de clientes....

Nesse 16 de julho, em que comemoramos o Dia do Comerciante, deixo meu abraço a todos integrantes do ex-Clube de Diretores Lojistas (hoje Câmara de Dirigentes Lojistas) e minha certeza que aquela iniciativa colaborou bastante para tornar nossa Uberaba nisto que qualifico como “apenas” a melhor cidade do mundo!

Saudações ao amigo Crosara, que já não está entre nós, e ao jovem Zé Renato, que depois disso fez tanto mais por Uberaba!

Tharsis Bastos

 

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