Recentemente vivi uma experiência que me tocou profundamente. Estive com Luiza Marinho e um grupo inspirador de mulheres para falar sobre organização no trabalho e gestão da agenda. Mas logo percebi que o tema era mais profundo: falamos sobre escolhas, propósito e sobre liderar a própria vida.
Cheguei cansada, com pouca expectativa, quase querendo me sabotar. Mas bastaram alguns minutos para entender que aquele encontro não era sobre produtividade no sentido tradicional. Era sobre consciência.
Afinal, quando foi que “ser produtiva” virou uma cobrança cruel? Entre metas, entregas, redes sociais e filhos, começamos a medir nosso valor pela quantidade de tarefas concluídas. Mas será que é isso que importa? Em meio às trocas, ouvi mulheres incríveis compartilhando a mesma sensação de insuficiência — mesmo fazendo tanto.
A partir daí, emergiu uma nova definição de produtividade: fazer o que importa, com intenção e clareza. Entender que querer e precisar são diferentes, mas se complementam. Que foco é direção e que cuidado é sustento. E que não há produtividade verdadeira sem coerência entre o que fazemos e o que desejamos.
Luiza nos apresentou o padrão RIP, que me marcou profundamente:
Rotinas x Rituais: rotina apenas se repete. Ritual nos conecta e nos recarrega.
Indicadores x Intenção: números são importantes, mas sem intenção viramos máquinas.
Processos x Práticas: processos alcançam resultados; práticas revelam quem somos.
Percebi que minha agenda reflete meu modo de viver. E ela precisa conter três pilares:
Ações: o que depende apenas de mim.
Compromissos: o que envolve o outro, exige escuta e presença.
Pessoal: tempo sagrado para mim — pausas não são luxo, são autocuidado.
Sim, usamos ferramentas, e o método SMART fez muito sentido. Mas a maior ferramenta é o autoconhecimento. Porque produtividade, no fim, é consequência de conhecer nossos próprios desejos e limites.
E deixo aqui a pergunta que ainda ecoa em mim:
Como você será mais produtiva esta semana — do seu jeito, no seu tempo, respeitando seus desejos e seus limites?
Essa resposta, definitivamente, não está em uma planilha. Está em você!
Mayla Amorim