ARTICULISTAS

“Flertando com o diabo”

Marco Antônio de Figueiredo
Publicado em 18/06/2024 às 18:16
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Não é piada o que vou descrever no artigo de hoje, apesar de parecer; é pura realidade o que acontece em um torrão tupiniquim, hoje conhecida como “Terra dos dinossauros” do Brasil Central.

Que a política é verdadeiramente diabólica ninguém pode negar, mas, como disse certa vez o ex-governador Roberto Magalhães, é, sobretudo, um território sem limites para os traidores.

E, como nunca, o que mais se vê na política atual são traidores de princípios democráticos, de fidelidade, compromissos e comprometimento com seus eleitores e pares.

Diante disso, uma célebre frase do ex-presidente Leonel Brizola deve ser lembrada: “A política ama a traição, mas abomina os traidores”.

Estamos vivendo em 2024 uma campanha “camuflada” de pré-campanha, em que candidatos se dizem pré-candidatos, apresentando planos de mudanças e inúmeras propostas que geram implicações ao candidato, para todos os gostos, para todos os eleitores e para todos os financiadores de campanha – os quais, evidentemente, desejam receber o saldo, depois do “cara” eleito.

O que podemos ver ali pelos lados do Pantanal da Farinha Podre é que vários “Comitês” estão sendo instalados na “porta do inferno”, desrespeitando tudo que há de valores e princípios morais, ou respeito ao eleitor, pois palavra, compromisso, promessas e fidelidade se tornaram simples palavras.

É só olhar com mais atenção que veremos políticos formando pares com lobos e hienas travestidos de cordeiro, consultando o diário enterrado nas profundezas do inferno.

A relação entre o diabo e a política sempre esteve presente nas eleições, não só nesta terra tupiniquim, mas comprovamos isto pelos noticiários internacionais.

Assim também pensava Max Weber ao afirmar que “O político se envolve com poderes diabólicos que estão à espreita e quem procura salvar sua alma ou as almas dos outros não tenta fazê-lo por meio da política, que tem tarefas bem diferentes”.

“Na verdade, “o gênio – ou demônio – da política vive em uma relação de tensão interior com o deus do amor”, mas sempre flertando com o diabo.

Queira Deus que esteja errado, mas pelo “andar da carruagem”, nunca na história desta terra de Major Eustáquio se viu ou se verá uma campanha tão “suja”, tão imunda, onde os ratos de esgoto e animais peçonhentos das profundezas dos canais das “ETEs” vão se sentir limpos e de almas lavadas, pois o que mais se vê são inúmeros políticos ou que ficam em “cima do muro”, “flertando com o diabo” à procura de uma vitória, mesmo que isto custe suas almas.

 Marco Antônio de Figueiredo

Advogado, jornalista e articulista

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