ARTICULISTAS

Em silêncio, mas observando!

Marco Antônio de Figueiredo
Publicado em 12/06/2024 às 19:36
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Do jeito que estão acontecendo os fatos, as pré-campanhas lançadas em afogadilho e de forma desordenada, quer seja quanto à rapidez ou quanto à forma, permanecer em silêncio torna-se mais sábio do que qualquer palavra que poderia ser balbuciada.

O momento político é de calar e ouvir, absorvendo cada gesto e cada palavra, para que penetrem em nossa mente e fiquem lá para sempre, pois dias como os que estamos enfrentando, de sorrisinhos e soluções ilusórias nas redes sociais, que aparecem como se tudo pudesse ser solucionado em um passe de mágica e estivéssemos vivendo no paraíso, assim... o silêncio é o melhor caminho.

Vídeos da oposição até com músicas ao fundo e “belas” imagens com sorrisos extravagantes servem para encobrir a realidade das revoltas de perdedores da última campanha, falando o que sempre existiu na saúde e na segurança, servindo apenas para os despreparados ficarem ainda mais descrentes da política.

Mas tem hora que não dá para ficar inerte, assistindo aos jovens e idosos sendo vacinados de forma letal contra a verdade de tudo que aí se encontra.

Alguém tem que apresentar o antídoto a essa propaganda enganosa e mostrar que ainda possuímos a capacidade de reagir contra a mentira, os maus exemplos do passado, a visão de que o uberabense pode ser escorraçado, enganado e ainda assim “comer picanha”, conforme afirmou para o mundo um ícone da política nacional.

Está na hora de pararmos para refletir que não são somente os políticos os únicos responsáveis por toda esta lambança que assistimos e vivenciamos. Nós, eleitores, somos os reais culpados por escolhê-los.

Nós carregamos a péssima mania de votar naquele que nada faz, mas “é amigo”, “rouba mas faz”, existindo ainda os que votam naquele que seu patrão mandar, ou muitas vezes confirmam como candidato aquele que “é bonitinho ou bonzinho”, esquecendo que pelo voto escolhemos aquele que vai “dar as cartas” no comando de nossa cidade.

Corremos o risco de sermos responsáveis por eleger ou reeleger pessoas condenadas ou até “descondenadas” pela Justiça para nos governar, que continuam prometendo de forma conivente, soluções e obras maravilhosas, encobrindo o desejo latente de novamente ter o cofre público nas mãos.

Assistimos declarações de eleitores que se deixam iludir e que na hora de confirmar o voto fecham os olhos por não terem coragem de ver que trocaram seu voto por migalhas, quando deveriam também tapar os ouvidos e as narinas para não sentirem o fedor da podridão política, que na realidade é a maior, senão a única responsável por um passado de nuvens sombrias que se fixaram nesta terra de Major Eustáquio.

Podemos, sim, permanecer em silêncio, mas em observação e vigilância constantes contra os corruptos e a “falsa política”, vivendo com a consciência tranquila de termos exercido a verdadeira cidadania.

Bem disse David Nasser: “Dentro da cabine de votação é realmente o único lugar onde você é totalmente livre para escolher entre o certo e o errado”.

 Marco Antônio de Figueiredo

Jornalista e Advogado

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