MARCO ANTÔNIO DE FIGUEIREDO

A traição dispensa comentários

Marco Antônio de Figueiredo
Publicado em 29/04/2023 às 20:54
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Tirei a madrugada para refletir... olhei para o céu e vi a lua crescente, senti a brisa acariciar minha face e o som do silêncio me fez viajar em pensamentos, trazendo à mente uma frase de Bert Hellinger, que dizia: “A vida te acorda, te poda, te quebra, te desaponta, mas cria, isso é para que seu melhor se manifeste, até que só o amor permaneça em ti”.

Como a vida mudou nos últimos dez anos!!! Como a humanidade se perdeu em dúvidas e desconfianças! Como as pessoas se tornaram escravas da informatização, dos aparelhos elétricos e da inteligência artificial!

Amizades reais se tornaram raras, as palavras se transformam em siglas, os sentimentos positivos estão cada dia mais efêmeros e insignificantes.

Palavras são ditas com maior frequência de forma impensada e ofensiva, e “manter a palavra”, o compromisso e o comprometimento, nem pensar!

  Sou da geração dos anos 50, do século passado, onde a palavra era representada pelo “fio de bigode”, pois palavra dada, palavra cumprida, até com a própria vida.

Hoje... com raríssimas, mas raríssimas exceções mesmo, a palavra, o compromisso e o comportamento têm respeito e credibilidade.

O comum é o fingimento, o interesse próprio, a traição e a desfaçatez.

Hoje, os três pilares que seguram a destruição da humanidade e a base familiar neste século são a imoralidade, em todos os sentidos; a traição e a troca de ideais por glória e conquistas de espaços são o que perpetua em todos os setores do dia a dia, seja nas novelas, séries, nos filmes, noticiários e na política social e pública.

Na política, principalmente, não tem como negar, afinal é a segunda profissão mais antiga da humanidade, onde tudo pode e é enfiada goela abaixo sob o pretexto de satisfazer a sociedade, comportando-se, sempre, como a primeira profissão, que era fixada sempre na periferia dentro dos castelos medievais.

A imoralidade existe desde a criação da humanidade, mas neste século se espalha com mais intensidade e rapidez que o vírus Covid-19.

A traição dispensa comentários, pois temos exemplos mil de que sempre existiu, tais como Judas, que se vendeu por trinta moedas, beijando a face de Jesus; Jesse James, criminoso americano que foi assassinado pelo seu melhor e falso amigo Robert Ford, com um tiro pelas costas; Brutus, que traiu o próprio pai em troca de poder, fazendo surgir a célebre frase: “Até tu Brutus”?

O que muitos esquecem é que ainda que a traição agrade a muitos, o traidor será odiado e desprezado quando a verdade vier à tona.

Assim, conclui-se que a ingratidão, a falta de palavra, o não compromisso e comprometimento são combustíveis da traição, fazendo com que o traidor seja até mesmo capaz de enganar a própria consciência.

Portanto, cuidado com o mal que você pratica, porque o perdão vem de Deus, mas as consequências vêm da vida.

Marco Antônio de Figueiredo
Articulista do Jornal da Manhã

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