Francisco nasceu como Jorge Mario Bergoglio em Buenos Aires, em 17/12/1936, morrendo em Roma, no Vaticano, em 21/04/2025; foi o 266.º papa da Igreja Católica, bispo de Roma e Soberano da Cidade do Vaticano, de 13 de março de 2013 até a data de seu desencarne. O nome Francisco significa “francês” ou “livre”; associado a São Francisco de Assis, expressa bondade, simplicidade, humildade e compaixão.
Como espírita cristã, estou de luto, pois, o momento é significativo. Durante sua reencarnação, promoveu o diálogo inter-religioso como um caminho para a paz e a fraternidade, incentivando o encontro e a compreensão entre as diferentes tradições religiosas. Experimentamos uma gama de emoções com o papa Francisco. Agora, diante de sua partida, resta a nós a parte mais difícil, a aceitação.
Encontramos no “Evangelho Segundo o Espiritismo”, Capítulo 17, “Sede Perfeitos”, Item 3, O Homem de bem, que nos remete ao papa Francisco: “O verdadeiro homem de bem é aquele que pratica a lei de justiça, de amor e de caridade em sua maior pureza. Se interroga sua consciência sobre seus próprios atos, pergunta a si mesmo se não violou essa lei; se não fez o mal; se fez todo o bem que podia; se negligenciou voluntariamente uma ocasião de ser útil; se ninguém tem o que reclamar dele; enfim, se fez a outrem tudo o que quereria que se fizesse para com ele” (Allan Kardec, Tradução Salvador Gentile, Boa Nova Editora, 2007, p. 175).
Durante sua trajetória, cria o Conselho de Cardeais Consultores, também conhecido como C9, em 28/09/2013, composto por cardeais de diferentes regiões do mundo, garantindo uma ampla representação e perspectiva, com a função de contribuir para a tomada de decisões e para o desenvolvimento da Igreja.
Combate a corrupção dentro da Igreja ao investigar o Banco do Vaticano, comprometido com a transparência financeira.
Exorta o trabalho das mulheres ao nomear a freira Nathalie Becquart consultora do Sínodo dos Bispos da Igreja Católica em 2019 e uma de suas subsecretárias em 2021.
O Sínodo dos Bispos, órgão permanente da Igreja Católica, é uma assembleia convocada pelo papa para aconselhá-lo sobre a governação. É um espaço de diálogo e reflexão onde todos os membros da Igreja, incluindo leigos e religiosos, são chamados a participar ativamente.
Em 2019, editou normas para que a Igreja ouvisse as pessoas que acusam religiosos de abuso sexual, instituindo o “due process of law”. Anteriormente, o Vaticano defendia imediatamente os clérigos, contudo, com a mudança, as vítimas devem ser “acolhidas, ouvidas e apoiadas”.
Na notável encíclica Laudato si’ ‘Louvado sejas’; subtítulo: “sobre o cuidado da casa comum”, o pontífice critica o consumismo e o desenvolvimento irresponsável e faz um apelo à mudança e à unificação global para combater a degradação ambiental e as alterações climáticas. Publicada oficialmente em 18/06/2015, é dirigida “a cada pessoa que habita este planeta”. Papa Francisco nos faz refletir “Para que viemos a esta vida? Para que trabalhamos e lutamos? Que necessidade tem de nós esta terra?”
Em honra à Vossa Santidade, transcrevo: “Porque fora do perdão não há esperança, fora do perdão não há paz. O perdão é o oxigênio que purifica o ar poluído pelo ódio, o perdão é o antídoto que cura os venenos do ressentimento, é o caminho para desarmar a raiva e curar tantas doenças do coração que contaminam a sociedade” (PAPA FRANCISCO, ANGELUS, praça São Pedro, domingo, 17 de setembro de 2023). Pelo exemplo que nos deixou, AVE CRISTO, PAPA FRANCISCO!