ARTICULISTAS

Extraordinária mediunidade

Heloísa Helena Valladares Ribeiro
Publicado em 09/06/2025 às 19:13
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DIVALDO PEREIRA FRANCO ficou conhecido como o Embaixador da Paz (1927-2025). Considerado um dos maiores divulgadores da doutrina espírita, foi professor, médium, escritor, orador e filantropo brasileiro. Em 1952, fundou, com Nilson de Souza Pereira, a instituição Mansão do Caminho, que atende diariamente cerca de seis mil pessoas e abriga mais de três mil, centenas delas registradas como filhos do médium. Foi reconhecido como conferencista e missionário do espiritismo no Brasil e no exterior, tendo deixado os direitos autorais de seus livros psicografados para a Mansão do Caminho e outras instituições filantrópicas, com registro em cartório. 

A frase “Não basta crer, é necessário acima do crer a contribuição do esforço pessoal; a demonstração de que a crença não é um adorno, é algo fundamental mesmo nos momentos mais difíceis” foi dita por Divaldo em sua palestra proferida no dia 20.02.2025, trazendo para todos nós um exemplo insofismável.

Perguntado sobre a moratória que recebeu para continuar reencarnado e quais os critérios são utilizados para ter essa forma de merecimento, Divaldo respondeu: “A moratória é uma expressão de gentileza para falar sobre o prolongamento, no caso específico prolongamento da atividade”. Aos 97 anos, já terminara o seu ciclo, contudo, ao chegar o momento final desse ciclo, os benfeitores notaram que Ele ainda tinha um trabalho a fazer e lhe perguntaram se estava disposto a continuar mesmo com as dificuldades naturais, que advêm da problemática da saúde, ao que ele respondeu que sim.

Outra elucidação trazida foi que: “O Evangelho de Jesus não é apenas um compêndio poético, é um tratado psicoterapêutico”. Quando lia uma parábola, permitia-se tornar personagem da parábola, o que lhe produzia saúde mental, ânimo na hora difícil.

Não foi fácil, aos 97 anos, libertar-se de um câncer de bexiga, mas resolveu que não iria deixá-lo matar, pois pertencia à escola que tudo está na mente, que, se projetarmos determinadas imagens, elas se tornarão reais. Divaldo ensinava isto desde os 30 anos, tendo experimentado e vivido; resolveu experimentar consigo mesmo. Durante o tratamento, meditava e examinava que as células não eram suas inimigas, mas que estavam doentes, uma questão de degenerescência, então pedia que elas não o prejudicassem, que pudessem realizar o fenômeno da mitose, a divisão, sem criar distonias desnecessárias, e no terceiro dia a médica, após a aplicação de raios, disse-lhe que o tumor estava diminuindo. Foi uma surpresa a rapidez com que isso ocorreu. Viam-se nos exames que o tumor foi regredindo até desaparecer completamente.

Através da mente, da oração, das preces que recebia, ele se curou. O mensageiro nos alerta que “orar por uma pessoa sem juízo, que prefere uma existência fútil, parece que não dá resultado, mas dá resultado; é como um depósito para num momento de reflexão, aquele material que lhe foi transmitido, fazer o seu efeito”.

O médium disse ao câncer que não seria vencido, porque tinha como idealismo ajudar o próximo, servir, dizer que a vida tem um sentido bom, feliz. Para nosso trabalhador incansável, a vida é uma viagem e não há viagem sem acidente, a questão não é a viagem é como nós encaramos o acidente.

Divaldo tinha como mentora espiritual Joanna de Ângelis, cujas obras tratam do autoconhecimento e do autoenfrentamento. O médium foi reconhecido por religiosos, espiritualistas e outros.

“Obrigado, Senhor, por estas mãos que são minhas alavancas da ação, do progresso, da redenção...” Com o poema de Amélia Rodrigues, psicografado pelo médium, Divaldo terminou inúmeras conferências e palestras mundo afora. Pelo exercício extraordinário da mediunidade, por tudo que fez pela humanidade, pela sua luz, muito obrigada!

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