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Ave Cristo!

Heloisa Helena Valladares Ribeiro
@heloisaribeiro1704 @valladaresribeiro.advogados
Publicado em 09/04/2024 às 17:53
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“Fora da caridade não há salvação!” Era essa a filosofia de vida de Francisco Cândido Xavier, que viveu e morreu em Uberaba, tornando o município mineiro conhecido mundialmente como a capital da doutrina espírita. Filho de João Cândido Xavier e Maria João de Deus, nasceu em Pedro Leopoldo, Minas Gerais, em 2 de abril de 1910, e desencarnou no dia 30 de junho de 2002, aos 92 anos de idade.

Pouco antes do nascimento de Chico, conforme registro de José Issa Filho, na obra “Coisas do Reino de Pedro Leopoldo”, mais precisamente no fim do mês de março de 1910, começaram a aparecer garças naquela várzea, as quais foram se misturando com os lírios. Conforme descreve Sá Tomásia: 

“No dia de seu nascimento, o branco dos lírios e das garças cobriu toda a várzea. E foi na manhã desse dia, bem cedo, que as garças embranqueceram vários trechos do azul do nosso céu, voando aos bandos, sem a menor pressa, num ritual de graça e leveza, com as penas refletindo a luz do Sol e espalhando o suave perfume dos lírios da Fazenda Modelo pelo povoado de Pedro Leopoldo...” (Trecho retirado da obra “100 Anos de Chico Xavier, Fenômeno Humano e Mediúnico, Em Sua Biografia Mais Completa”, Carlos A. Baccelli, janeiro de 2010, LEPP).

Na primeira infância, por influência da mãe, o menino Francisco aprendeu a rezar. Dona Maria cultivava a oração com assiduidade e reunia todas as noites os filhos, para “criarmos o hábito da confiança em Deus”, destaca. A noção de dever e disciplina também foi colocada desde cedo na educação do menino Chico.

Amiga do médium, Terezinha de Castro, do Rio de Janeiro, fundadora do Seara de Amor e Luz, conta que Chico tinha ganhado dois troncos enormes e colocou-lhes o nome de “dever” e “disciplina”. Todos os dias, ele passava pelos troncos, consciente da necessidade do dever e da disciplina em nossas vidas.

Chico era portador de modéstia, bondade e ternura, postura ética, moral que transcende a todos os padrões de dignidade, decência e amor conhecidos, e não só exemplificou, mas viveu a cada dia a ternura, o amor, a bondade, principalmente a simplicidade, marcando todos aqueles que tiveram a felicidade de conhecê-lo.

Para se ter ideia da dimensão da visão humana de Chico Xavier, em 1972, entrevistado por Herculano Pires, no programa “O limiar da manhã” disse que “...o homem novo está entre nós em sua fase embrionária sem que nós possamos ainda defini-lo em toda a sua estrutura... se nós nos respeitássemos uns aos outros, segundo a lei áurea não deseje ao seu vizinho aquilo que você não deseja para você mesmo, a poluição talvez nem chegasse a existir... por muito que se pregue hoje no Brasil a desvinculação e a reeducação dos nossos impulsos de amor, o brasileiro de todas as condições é  portador de recursos  afetivos imensos...” https://www.youtube.com/watch?v=2Q_L4tw6Q2E

Não importa se Chico foi ou não a reencarnação de Allan Kardec. O importante são as inúmeras obras que Ele fez e deixando um legado imensurável. Um dos exemplos, aqui em Uberaba, é o Lar André Luiz, localizado na rua Professor Eurípedes Barsanulfo, nº 175, Parque das Américas, Telefone (34) 3336-4121, que abriga 27 internos, todos idosos, e foi fundado pelo médium. A manutenção do Lar advém da caridade, cuja doação é fundamental para a continuidade dos trabalhos. A lição de humanidade e amor ao próximo deixada por Chico Xavier deve ser seguida por todos.

Ave Cristo! Os que vão viver para sempre te glorificam e te saúdam.

 Heloisa Helena Valladares Ribeiro

Advogada e membro do IBDFAM

@heloisaribeiro1704

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