Em 1894 foi fundada por Leschaud & Cia a provavelmente primeira livraria de Uberaba, a Universal, no número 02 da rua do Comércio (atual Arthur Machado), para comercialização de livros de literatura, medicina, direito, religião, maçônicos e espíritas, além de livros escolares, papel em resma e até sementes, brinquedos para crianças, violões, flautas, baralhos. “Enfim tudo o que se pode desejar, pelos preços das praças do Rio de Janeiro e São Paulo”, conforme anúncio (publicidade) de 1902.
Em 1901 instalou-se na cidade a dinâmica Livraria Século XX – Editora, de Arédio de Sousa, que, como editora, entre inúmeras obras publicadas, deu continuidade à publicação do Almanaque Uberabense, sob a direção de Diocleciano Vieira e Arédio de Sousa. Como livraria, com loja no número 02 da praça da Matriz (atual Rui Barbosa), teve diversificada e atualizada oferta de livros.
Além da Século XX, salientaram-se nas primeiras décadas do século, entre possíveis outras, as livrarias Universal (vinda do século anterior), Popular (rua Arthur Machado) e Guimarães (rua Arthur Machado, 5-A).
Na década de 1930 em diante destacaram-se, entre também e quase certamente possíveis outras, as livrarias São Bento (rua Vigário Silva, 26), São Domingos (rua Arthur Machado, 75) e Católica (rua Segismundo Mendes, esquina com rua Lauro Borges).
Nos anos de 1950, pontificaram na venda de livros e de material escolar as livrarias anteriormente existentes, São Bento e Católica, acrescidas das livrarias Jardim (rua Vigário Silva, ao lado da redação do Lavoura e Comércio), ABC (nessa mesma rua, antes da referida redação) e A Escolar (na av. Leopoldino de Oliveira, no começo do quarteirão entre a Arthur Machado e a Segismundo Mendes).
Na década de 1960, além do prosseguimento das atividades de todas das livrarias oriundas da década anterior, foram fundadas as dinâmicas e atualizadas Casa do Livro (rua Arthur Machado, ao lado da sede do Banco do Triângulo), pertencente a Zito Sabino, e Ponto de Encontro, de Deusedino Martins, na av. Leopoldino de Oliveira, em loja ao lado do então Cine Uberaba Palace, hoje templo da Igreja Universal.
Nos anos de 1970, provavelmente ou no início de 1980, encerraram atividades as livrarias São Bento e Jardim, prosseguindo-se as demais com o acréscimo da Livraria Zero, na av. Leopoldino de Oliveira, em loja do edifício Rio Branco, que durou pouco tempo.
Na década de 1980 surge a Livraria Alternativa, de Taís Helena Silos Colus, que a partir de então promoveu na cidade divulgação e comercialização de livros até seu fechamento em 2015.
Em outubro de 1983 foi inaugurada, com a presença de Ziraldo, a Livraria Menino Maluquinho, fundada e dirigida pela professora e escritora Vânia Resende, cujas atividades estenderam-se até dezembro de 1994.
Nos anos de 1990, além da continuidade das livrarias A Escolar, Católica e Alternativa e provavelmente ABC, foram fundadas as livrarias Chapadão, pela ex-vereadora Lélia Inês Teixeira, em loja do edifício do mesmo nome, de curta duração, e Nobel, Papel Cartaz e Lemos e Cruz, as duas últimas e mais a Católica em plena atividade em 2020, esta na rua Segismundo Mendes, quarteirão entre a av. Leopoldino de Oliveira e Vigário Silva. A Papel Cartaz em lojas na rua Tristão de Castro e no Shopping Uberaba e a Lemos e Cruz, anteriormente na rua Segismundo Mendes próxima à igreja São Domingos, mas, desde a inauguração do novo Fórum Estadual, em 22 de janeiro de 2016, em esplêndidas, amplas e funcionais instalações na av. Maranhão, tendo, porém, encerrado suas atividades por volta de 2022.
Nos shoppings abriram-se diversas livrarias, algumas já fechadas.