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Uma nova esperança: a vacina contra a Covid-19

Euseli dos Santos
Publicado em 23/04/2021 às 18:58Atualizado em 18/12/2022 às 13:15
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Há um pouco mais de um ano estamos vivendo sob uma nuvem escura chamada Covid-19. Vivemos tempos de muitas incertezas. Tivemos de aprender palavras novas, como lockdown e home office. Trocamos as reuniões de trabalho pelas calls. Assistimos a lives dos nossos cantores favoritos. Aprendemos em pouco tempo a fazer isolamento social e a incorporar novos hábitos de higiene e limpeza, como levar álcool gel a tiracolo, limpar as compras de supermercado, tirar os sapatos antes de entrar em casa e a andar mascarados pelas ruas.

Com os olhos para fora e o resto do rosto coberto, conversamos distantes uns dos outros. De repente, dar as mãos, abraçar e se reunir ficou perigoso. Os cartazes de perigo estão espalhados por todo lugar! Porque respirar o mesmo ar já não é mais possível. Alguém tossiu? Liguem as sirenes de alerta, o perigo é iminente.

Esse inimigo invisível, que veio de avião, está colocando o mundo à prova. Quem vai sobreviver? Darwin diria: “só vão permanecer os mais fortes, os que se adaptaram. É a seleção natural”. Não sabemos. Porque a Covid-19 não encontra fronteiras e nem seleciona determinada classe ou perfil para lançar seu poder de destruição. Todos podemos ser vítimas na batalha pela sobrevivência.

Então, o homem se ampara no conhecimento científico. Líderes mundiais saem em busca dos cientistas mais brilhantes para trazer ânimo a seus cidadãos. Eis que chegam uma nova esperança: as vacinas. Em todo o mundo são feitas campanhas de vacinação.

Aqui, no Brasil, foi em um domingo, dia 17 de janeiro, que assistimos emocionados à vacinação da primeira pessoa. A protagonista do momento histórico é Mônica Calazans, cujo perfil é de uma mulher aguerrida. Ela representa a “alma” de uma verdadeira brasileira nata.

Mulher, mãe, enfermeira. Mônica escolheu estar na linha de frente contra a Covid-19. A cena em que recebeu a primeira dose da CoronaVac entrou para história recente do país e trouxe consigo uma grande carga emocional. Com a profissional de Saúde, surgiu uma nova esperança, de que dias melhores virão.

Mais do que vacina, estamos falando de esperança. Um sentimento tão necessário, que nos faz levantar da cama nos momentos mais difíceis da vida.

A esperança nos enche de ânimo para vencer os desafios, e mesmo em momentos sombrios nos faz acreditar que tudo vai passar. As vacinas trouxeram um ar de renovação, a crença de que vamos vencer mais esta e de que os dias incertos vão encerrar e o sol voltará a brilhar, dissipando as nuvens escuras que ainda pairam no céu.

E nós, brasileiros, povo conhecido pela afetividade e gestos carinhosos, poderemos em breve voltar a mostrar nosso sorriso largo. Vamos poder nos reunir e dar abraços apertados, lembrando com tristeza dos momentos terríveis que passamos, lastimar os entes que partiram, mas, ao final, celebrar a beleza da vida e receber os novos tempos, cheios de esperança renovada.

O grande escritor Ariano Suassuna resumiu bem o sentimento de esperança: “O otimista é um tolo. O pessimista, um chato. Bom mesmo é ser um realista esperançoso”.

Euseli dos Santos - Advogado em Uberaba/MG – OAB (MG) 64.700; mestre em Direito pela Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp) - e-mail: euseli@terra.com.br

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