Mais um Dia Mundial do Meio Ambiente chegou e há muito pouco para celebrar. Um exemplo disso são os números alarmantes na geração de lixo ao redor do mundo. Atualmente, a humanidade produz cerca de 2 bilhões de toneladas por ano. O Brasil ocupa o quarto lugar no ranking.
Para a situação não ficar incontrolável, algumas alternativas são comumente praticadas nas cidades, como a coleta seletiva com o objetivo de separar matéria orgânica e reciclável. A primeira pode ter como destino a compostagem para a produção de adubo natural; já os materiais recicláveis podem ser reaproveitados pelas indústrias por meio de logística reversa ou por cooperativas criadas para gerar empregos nas comunidades e trabalhar em prol de uma sociedade mais sustentável.
Outras práticas necessárias são a incineração de lixo a fim de diminuir o volume de resíduos, desde que a energia gerada não cause emissão de gases na atmosfera, bem como a implantação gradual de mais aterros sanitários nos grandes centros urbanos. Essas e outras iniciativas ajudam a reduzir os malefícios provocados pelo excesso de lixo. Acredito que esse problema só irá melhorar efetivamente com a conscientização da população sobre o consumo exagerado.
Evidentemente que não poderíamos deixar de falar sobre a água. A escassez do recurso hídrico está no topo das grandes preocupações da atualidade. O tema é tão urgente que as maiores autoridades mundiais – chefes de Estado, ministros e funcionários governamentais do alto escalão, ativistas e representantes de organizações sociais – estiveram reunidas recentemente na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, na Conferência da Água.
Durante os três dias da Conferência da ONU, os participantes se comprometeram com a adoção da Agenda de Ação da Água, um documento que prevê cerca de 700 compromissos para resguardar a maior riqueza natural da humanidade. As nações precisam desenvolver estratégias eficazes e rápidas para conter – de qualquer forma – um possível cenário de escassez de água, pois todos sabemos que isso coloca em risco o futuro da vida humana e de todos os seres que habitam a Terra.
Como habitantes, também, somos responsáveis pela sustentabilidade do planeta. Não é somente dever do poder público. A cada ação de desperdício de recurso natural ou de dilapidação do meio ambiente estamos contribuindo para a degradação do ecossistema.
O leitor pode colaborar fazendo reciclagem em sua casa, na sua empresa, em seu condomínio. Da mesma forma, tentando conscientizar o próximo, para evitar o desperdício e reciclar o lixo.
Atitudes simples poderão ser feitas: evite lavar o carro todo sábado ou domingo em sua casa, usando água potável. A atividade é inviável. Para manter a calçada limpa bastam um balde e vassoura. Mantenha a torneira fechada ao fazer a barba ou lavar a louça. Não é necessário gastar 30/40 minutos debaixo do chuveiro. Um banho rápido também é um banho bem tomado. Quando se hospedar em um hotel, não é necessário solicitar serviço de quarto todos os dias. Essas são apenas algumas ações do nosso dia a dia que podem gerar impacto positivo na vida em sociedade.
Assim, se cada um de nós olhar com cuidado para o planeta, poderemos viver em harmonia com a natureza. O meio ambiente, convenhamos, não pode esperar.
Euseli dos Santos
Advogado em Uberaba/MG – OAB/MG 64.700
Mestre em Direito pela Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp); conselheiro estadual titular da OAB/MG triênio 2022/2024
