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Gesto concreto da CF

Dom Paulo Mendes Peixoto
Publicado em 11/04/2025 às 19:37
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Celebrar e rezar, na mentalidade da Quaresma, é tarefa tranquila. A Semana Santa começa com o Domingo de Ramos, início propriamente da Paixão, culminando com a morte no alto de uma cruz. É também dia em que os católicos, exercendo o compromisso de pertença à Igreja, pelo batismo, realizam o gesto da Coleta da Campanha da Fraternidade, para ajudar em projetos sociais.

A perspectiva penitencial da Paixão e da morte de Jesus tem como alvo a dignidade e a vida plena das pessoas. Não apenas vida no aspecto espiritual, mas também material, aquilo que justifica a prática concreta da Coleta feita no Domingo de Ramos. Tanto nas dioceses como em todo o Brasil, inúmeros projetos de atendimento aos mais carentes são realizados com o montante arrecadado.

O maná, alimento oferecido na travessia do deserto, não deixou de ser uma preocupação social de Deus em relação ao seu povo, que passava necessidade e fome. Há muitas carências na vida do povo brasileiro, principalmente em relação à dignidade, muitas vezes surgidas pelo descuido em relação à “Fraternidade e Ecologia Integral”, tema proposto pela Campanha da Fraternidade deste ano.

A Coleta é uma das expressões concretas de despojamento e de seguimento dos passos de Jesus, na direção do Reino do Pai. A população tem as marcas da riqueza e da pobreza, tanto espiritual quanto material. Para Jesus Cristo e para a Igreja, a atenção da evangelização procura acudir as pessoas mais necessitadas, como fez o Senhor: Ele atendeu cegos, coxos, aleijados e pobres.

No projeto da Campanha da Fraternidade, a CNBB pede que todas as dioceses do Brasil tenham instituído o Fundo Diocesano de Solidariedade, com o objetivo de promover a sustentação da ação social da Igreja Católica nas igrejas particulares. Assim faz o Fundo Nacional de Solidariedade. É a equipe que analisa os projetos apresentados e destina os frutos da Coleta do Domingo de Ramos.

Atender às necessidades humanas é seguir a prática de Jesus, que foi reconhecida como justiça e fonte de esperança pelo centurião romano, quando diz: “Realmente, este homem era justo” (Lc 23,47). Celebrar a Semana Santa é pôr-se no caminho de Jesus, caminho de sacrifício, de paixão, para chegar à alegria da ressurreição. A Coleta Nacional é oportunidade de testemunho cristão.

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