ARTICULISTAS

Uma Ação para Todos

Ana Maria Leal Salvador Vilanova
Publicado em 30/11/2022 às 20:01Atualizado em 15/12/2022 às 22:44
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Para alguns, um líder redimido está prestes a voltar ao poder, com o objetivo de continuar a obra vitoriosa, interrompida por circunstâncias da vida. Para outros, um chefe de quadrilha se prepara, a fim de retomar a trilha de crimes, num assalto ao País, que, por previsível, é mais doloroso.

Com todas as diferenças irreconciliáveis, há algo que os dois lados podem fazer, aliás, devem. Além de não prejudicar, só pode fazer bem: rezar pelo candidato ora vitorioso. Para os que o apoiam, é obvio que cabem orações, cheias de esperança e fé em que tudo corra pelo melhor. Para os que não estão engolindo o resultado, a prece é ainda mais necessária.

Num mundo em que diferentes lados vão se entrincheirando cada vez mais, é vital lembrar o que é real, a vida eterna, da qual as lutas diárias deste mundo são um reflexo parcial, pequeno e, muitas vezes, triste.

A oração não pede que tudo se realize segundo os nossos planos, mas segundo o plano de Deus. Assim, rezar sinceramente por um desafeto é desejar que ele encontre o caminho do Pai, segundo os merecimentos todos.

Imagine-se o débito cármico contraído por quem rouba trilhões, interrompe e atrasa o desenvolvimento arduamente conseguido por toda uma nação, lança multidões ao desespero.

Este é o quadro, tal como o define metade da população. Rezar por aquela pessoa tão necessitada é ato de caridade cristã. É pedir a Deus que não permita o acúmulo de mais dívidas que vão lhe custar muito caro à frente. Não importa que o objeto da prece, ele mesmo, não creia em nada disso. O benefício está lá.

Esteja quem estiver no poder, será por pouco tempo comparado com a eternidade, quando todos seremos chamamos a mostrar o que fizemos com os talentos concedidos para a missão atual. Rezar ajuda a lembrar disso. Oramos por ele, e por nós.

O resultado? Quem sabe? O plano é de Deus, a luta por aqui continua. É rezar por inspiração, clareza no pensamento, prudência e coragem na ação. Não se delega a própria parcela de responsabilidade; essa cabe a cada um. Mas, sim, conta-se com o Guia maior, que leva a caminhos hoje não vislumbrados.

É fácil desejar o melhor para os amigos e afetos. Mais difícil é rogar pelos adversários, os que nos prejudicam, os irritantes. Quando se consegue fazê-lo, criam-se condições para a necessária transformação.

Ana Maria Leal Salvador Vilanova

Engenheira civil, cinéfila, ailurófila e adepta da caminhada nórdica

 

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