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O Rei

Ana Maria Leal Salvador Vilanova
Publicado em 16/04/2025 às 18:39
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Há gênios pelo mundo e há aqueles que estabelecem gêneros. Assim foi Charles Dickens, que, com seu “Um Conto de Natal” (“A Christmas Carrol”, 1843), definiu a categoria “história de Natal”. A transformação do rico e sovina Ebenezer Scrooge, de avarento a generoso, é o modelo em vigor ainda hoje para heróis natalinos.

Desde “Esqueceram de Mim”, a “Um Duende em Nova Iorque” e “A Felicidade Não se Compra” até menos óbvios, como “Feitiço do Tempo”, todos têm em comum o personagem que muda interiormente, ainda que o mundo lá fora continue complicado. E há mesmo quem queira incluir aí “Máquina Mortífera” e “Duro de Matar”, mas já é forçar muito.

Dickens é protagonista em outra história, dessa vez, uma criação dos Estúdios Angel, que tem presenteado seu público com entretenimento de qualidade crescente através dos anos. A animação “O Rei dos Reis” (“The King of Kings”) chega aos cinemas para trazer a história mais conhecida do mundo sob nova ótica. Dessa vez, pelos olhos do irrequieto rapazinho Walter Dickens, filho de Charles.

Dickens filho é um pequeno cheio de energia, incapaz de parar quieto, e causa dificuldades durante uma apresentação pública do pai. De volta à casa, Charles oferece ao filho contar-lhe uma história, proposta aceita apenas por se tratar, como esclarecido, da história “O Rei dos Reis”.

Muito imaginativo, Walter compõe em sua mente, vividamente, cada cena narrada pelo pai e se insere no meio da ação. Assim, ele está na barca quando Jesus caminha sobre as águas, no meio do povo, que vê a multiplicação dos pães e peixes, e no caminho do calvário, onde Jesus cai, a caminho da crucificação.

A história move-se rápido, como crianças gostam, assim o filme é um sucesso, mesmo entre outros lançamentos similares, e muito procurado por pais em busca de bom conteúdo, adequado ao público infantil.

Diz-se que há poucas histórias por aí, o que se vê são variadas formas de contar os mesmos eventos, de forma diferente. Essa pequena joia vem para coroar o dito, de forma inventiva e brilhante.

Boa Páscoa a todos. Ele ressuscitou!

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