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A última grande estrela

Ana Maria Leal Salvador Vilanova
Publicado em 05/06/2025 às 17:56
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Cada franquia tem sua fórmula, inclusive as franquias de cinema. Assim, os filmes do espião 007 sempre têm “Bond, James Bond” e Martini “batido, não mexido”; “Guerra nas Estrelas” tem “a força” e androides, e “Missão: Impossível” construiu sua própria lenda.

Começou na TV nos anos 60, mas estava meio esquecida em 1996, quando Tom Cruise lançou o primeiro filme da nova série, agora encerrada (será?) com “Missão Impossível: O Acerto Final”.

Cruise é Ethan Hunt, um agente secreto que lidera uma equipe com habilidades diversas e complementares, muito úteis na hora de cumprir missões que se convertem em possíveis apenas por uma combinação absurda de excelência com ousadia.

Cada missão é apresentada com o famoso aviso: “sua missão, caso decida aceitá-la é...” e termina com “esta mensagem se autodestruirá em x segundos”. A partir daí, virão sequências de ação elaboradíssimas e que, no caso de Cruise, têm apelo adicional por se saber que ele as faz todas, pessoalmente, sem recorrer a dublês.

Enquanto alguns “Missão...” conseguiram trazer tudo o que se espera, caso de “Nação Secreta” (2015), os dois últimos episódios (2024-2025) ficaram a dever na história, apesar das sequências de ação excepcionais.

“Acerto Final” tem, de fato, ação, e muita. O que faltou foi coesão para bem costurar tudo. Há decisões meio sem sentido pelo meio, um vilão pouco assustador, e tudo acontece apenas para justificar a próxima acrobacia de tirar o fôlego. A graça é ver Tom Cruise correr e quase morrer, quanto mais, melhor. No fim, ele sempre vence.

Mesmo com a ressalva, o filme vale a pena. O esforço da produção é brutal e as cenas são mesmo dignas do custo de ir ao cinema, para ver tudo em tela grande. É cinema em grau maiúsculo.

Tom Cruise é um fenômeno, e não há estrela de cinema em exercício que se lhe compare hoje. Depois de alguns anos enredado em notícias sobre sua vida privada, ele encerrou qualquer manifestação lateral e focou no ofício.

Profissional ao extremo, ao promover o filme, ele o faz com o mesmo empenho que põe em tudo. Quem ama cinema faz bem em prestigiá-lo.

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