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Ansiedade e Medo

O medo é a raiz de tudo. O medo está na raiz da ansiedade. O indivíduo nasce com predisposição

Sandra de Sousa Batista Abud
Publicado em 06/08/2015 às 20:25Atualizado em 16/12/2022 às 22:57
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O medo é a raiz de tudo. O medo está na raiz da ansiedade.

O indivíduo nasce com predisposição para registrar três tipos de med o medo de ser preterido e humilhado, o medo de perda do status quo e o medo da perda de controle.

O medo de ser preterido ou humilhado é o medo de não se destacar ou de não ser reconhecido pelas pessoas. Pode aparecer em decorrência de educação por comparação, introjetando na criança o medo de não ser admirado, não ser valorizado e não ser útil.

O medo da perda do status quo é o medo inibidor da capacidade de mudança. Educação com mensagens orientadas para a perda, que introjeta na criança a predominância de preservação, gera esse medo.

O medo da perda de controle é um medo que também inibe mudanças, desde que estas, as mudanças, possam impedir o controle dos resultados; se as coisas continuam como estão, bem ou mal, já conhecidas, permitem o controle do resultado.

A presença da mãe na criação do filho fortalece a autoestima, assim como a presença do pai reforça a capacidade de estratégia e planejamento. É necessário permitir que o filho note a figura masculina.

Autoestima e autoconfiança se diferenciam. A autoestima é um sentimento interno, uma certeza de ter a capacidade de resolver problemas e de lidar com situações difíceis. A autoconfiança é externa e se manifesta mesmo que não haja a segurança interior. Isso fica claro na personalidade empreendedora, nas empresas, onde a autoestima é frequentemente menor que a autoconfiança. O empresário, por sua própria posição, tende a demonstrar segurança, mesmo quando não tem convicção de que é capaz, o que provoca reações intempestivas, no sentido contrafóbico, ou seja, em nome do medo. Manifestações ansiogênicas, muitas vezes, não são fundamentadas na coragem, mas no medo, e se apresentam em pessoas que parecem autoconfiantes, mas são muito fragilizadas. Neste contexto, a impulsividade cega leva a outras disfunções. Tudo causado pela ansiedade.

Indivíduos que já carregam uma ansiedade desde o nascimento, em nome de um daqueles três medos, abrem novas frentes por impulsividade e não conseguem cuidar daquilo que já possuem. Fazem muito, mas fazem malfeito, e, em busca de algo para aliviar a sensação de medo, têm como resultado uma frustração. Segundo especialistas, os medos têm a propriedade de construir sua concretização.

A ansiedade não tratada pode resultar em momentos de muito terror e medo em que o estado emocional abalado predomina sobre o pensamento racional. 

(*) Psicóloga Clínica

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