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Ainda sobre a quinta Lei Divina

Antes de transcrever mais algumas questões de O Livro dos Espíritos, sobre a “Lei da Destruição”, não nos esqueçamos de que as respostas às lúcidas perguntas, formuladas por Allan Kardec,

Elias Barbosa
Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 20/12/2022 às 15:15
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Antes de transcrever mais algumas questões de O Livro dos Espíritos, sobre a “Lei da Destruição”, não nos esqueçamos de que as respostas às lúcidas perguntas, formuladas por Allan Kardec, foram dadas através das médiuns Caroline Baudin, com dezesseis anos, e sua irmã Julie, quatorze, inicialmente escrevendo numa espécie de ardósia, por intermédio de uma cesta, a Corbelha de Bico, e depois através da psicografia, todas também revisadas por outra médium sonâmbula, a Menina Japhet.

Por hoje, somente quatro questões, com as respostas em itálic

“731 – Por que, ao lado dos meios de conservação, a Natureza, ao mesmo tempo, colocou os agentes destruidores? / — O remédio ao lado do mal. Já o dissemos, é para manter o equilíbrio e servir de contrapeso.

732 – A necessidade de destruição é a mesma em todos os mundos? / — Ela é proporcional ao estado mais ou menos material dos mundos, e cessa com um estado físico e moral mais depurado. Nos mundos mais avançados que o vosso, as condições de existências são outras.

733 – A necessidade da destruição existirá sempre entre os homens sobre a Terra? / — A necessidade de destruição enfraquece entre os homens, à medida que o Espírito se sobrepõe à matéria, e é por isso que vedes o horror à destruição seguir o desenvolvimento intelectual e moral.

734 – Em seu estado atual, o homem tem um direito ilimitado de destruição sobre os animais? / — Esse direito é regulado pela necessidade de prover à sua nutrição e à sua segurança. O abuso jamais foi um direito.

735 – Que pensar da destruição que ultrapassa os limites das necessidades e da segurança? Da caça, por exemplo, quando não tem por objetivo senão o prazer de destruir sem utilidade? / — Predominância da bestialidade sobre a natureza espiritual. Toda destruição que ultrapasse os limites da necessidade é uma violação da lei de Deus. Os animais não destroem senão por suas necessidades; mas o homem, que tem o livre-arbítrio, destrói sem necessidade. Ele prestará contas do abuso da liberdade que lhe foi concedida, porque é aos maus instintos que ele cede.

736 – Os povos que possuem em excesso o escrúpulo relativo à destruição dos animais têm um mérito particular? / — É um excesso num sentimento louvável por si mesmo, mas que se torna abusivo e cujo mérito é neutralizado pelo abuso de bens de outras espécies. Há entre eles mais de medo supersticioso do que verdadeira bondade.”

(*) clínico geral e psiquiatra

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