Academia de Letras do Triângulo Mineiro

Louvo e aplaudo os dignos componentes da nossa Academia de Letras do Triângulo Mineiro. São pessoas comprometidas com a cultura, de forma especial, com a literatura. Talvez por isso mesmo não nos seja tão fácil lidar com as questões práticas que várias situações exigem. Uma delas diz respeito à nossa sede: exígua, mal cabendo nossos pertences, muito menos os acadêmicos. Tal condição nos acanha a receber acadêmicos de fora, com suas sedes adequadas, amplas, bonitas e bem mobiliadas.   Optamos, por isso – sugestão do Jorge Nabut –, por reuniões itinerantes ou no Colégio Nossa Senhora das Graças. Muitos têm sido os apoios recebidos. Um deles, de primordial importância, é o espaço no Jornal da Manhã – já havia sido prometido ao Dr. Mário –, pela jornalista Lídia Prata, grande incentivadora de todas as iniciativas da ALTM, em parte por ter sido seu saudoso pai, Dr. Edson Prata, um dos fundadores da agremiaçã e o nosso Espaço Cultural caminha de forma ininterrupta, com o apoio dos acadêmicos. Há, ainda, entidades que nos apoiam, as quais, em contrapartida, nós apoiamos.   Nesse sentido, tivemos reuniões na FAZU, no Clube Náutico de Jaguará, no Instituto Agronelli, recebendo, também, da ACIU convite para lá realizar nossas reuniões. Aliás, o presidente da ACIU, Karim Abud Mauad, tem sido o grande parceiro da ALTM. Em 2009, aflita com a dificuldade em editar nossa revista Convergência, conversei com o vereador Godoy – pessoa comprometida com a cultura –, o qual se prontificou a comentar com o Karim sobre o nosso problema. E a resposta veio rápida: a revista seria editada em parceria com a revista da Faculdade de Ciências Econômicas do Triângulo Mineiro, processo, como diz o Jorge, “parede-meia”.   Mariângela Castejon (FCETM) e eu, depois de vários encontros, finalizamos o trabalho, ficando a diagramação da Convergência a cargo do Alessandro Abdalla e do Carlos Cerchi, e da revista Saberes Acadêmicos a cargo da Távola Comunicação. Feito o lançamento, juntamente com o livro Nouvelle, do acadêmico José Humberto Henriques, recebemos do presidente Karim a notícia de que novos números seriam editados: em 2010, mais dois – um em maio e outro em outubro. E mais: ouvimos dele o interesse em publicar livros de autores nossos, alguns ligados à realidade de Uberaba. O que me causa admiraçã a ACIU, em vez de se fechar em sua realidade comercial e industrial apenas, abre espaço para a parceria com a cultura, através da ALTM: com isso, ambas as entidades se veem privilegiadas, pois parceria nada mais é que permuta de forças que se encontram por um objetivo maior.   Que o exemplo da ACIU se estenda a outras entidades congêneres, que poderão não apenas beneficiar outra instituição, mas, também, beneficiar-se com a instituição parceira. NOTA: Recebi do sobrinho Sérgio Pereira Deusdará, a propósito de minha última crônica, a informação de que orquídeas não são plantas parasitas, uma vez que se alimentam de “material em decomposição que cai das árvores”. Agradeço a informação, que muito me aliviou e que, creio, aliviará outras pessoas a respeito das orquídeas: lindas, sem ser parasitas.