A Academia de Letras do Triângulo Mineiro foi fundada em 15 de novembro de 1962. Um grupo de intelectuais uberabenses percebeu a...
A Academia de Letras do Triângulo Mineiro foi fundada em 15 de novembro de 1962. Um grupo de intelectuais uberabenses percebeu a necessidade de que fosse criada uma entidade que reunisse pessoas da cidade e da região, em torno da cultura. Segundo o Prof. José Mendonça, coordenador do movimento, “...os motivos que me levaram a coordenar o movimento são baseados principalmente na necessidade de congregar a intelectualidade triangulina em torno de um centro de convergência comum, para melhorar estudo e debate dos problemas literários, científicos e sociais do mundo atual.”
Das suas quarenta cadeiras, os vinte e sete primeiros acadêmicos são considerados fundadores: José Mendonça, Santino Gomes de Matos, Victor de Carvalho Ramos, Padre Prata, Mons. Juvenal Arduini, Ruy Novaes, Ari Rocha, Padre Thomás Fialho, César Vanucci, Antônio Edson Deroma, Raimundo Albuquerque, João Cunha, Augusto Afonso Neto, Maurílio Cunha Campos, George de Chirée Jardim, Lúcio Mendonça, Quintiliano Jardim, João Henrique Sampaio, Lauro Fontoura, Mário Palmério, D. Alexandre Gonçalves Amaral, Jacy de Assis, Soares de Faria, João Édison de Melo, Pereira Brasil, Licídio Pais e Edson Prata. Posteriormente, completou-se o quadro com os seguintes acadêmicos: João Alamy Filho, Eurico Silva, Leonard Smeele, João Modesto, Edelweiss Teixeira, Frei Francisco de Uberaba, Gabriel Toti, Severino Muniz, Valdemes Menezes, Marçal Costa, José Bilharinho, Dom José Pedro Costa e Guido Bilharinho.
Inicialmente, as reuniões eram realizadas ora na ABCZ, ora no escritório do Dr. Edson Prata, ou na Aciu, Jockey Club, todos solidários com o novo movimento cultural.
Hoje, nossa sede – um tanto quanto acanhada – se encontra na Biblioteca Municipal. Por esse motivo, as reuniões, nos últimos tempos, têm sido realizadas no Colégio Nossa Senhora das Graças. São reuniões mensais, contando com o interesse e a participação dos acadêmicos e de outras pessoas da comunidade, interessadas na cultura.
Nessas reuniões – abertas à comunidade – são apresentadas as iniciativas de cada acadêmico presente, como publicação de livros e revistas, além de notícias ligadas à cultura ou aos movimentos culturais de Uberaba e da região. É comum, ainda, uma parte dedicada a apresentações artísticas, com números musicais, cantos e declamação de poemas ou leitura de textos.
Um dos importantes aspectos ligados à Academia de Letras do Triângulo Mineiro é a aceitação mútua: apesar da divergência de estilos e gostos literários, a convivência e o intercâmbio entre os acadêmicos são de respeito pela produção literária de cada um, dentro de sua ideologia e de sua preferência estética.
(*) educadora do Colégio Nossa Senhora das Graças e membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro