Caminho pela estrada. Caminho pelas ruas. Caminho pela vida
Caminho pela estrada. Caminho pelas ruas. Caminho pela vida.
Como sugere nosso Monsenhor Juvenal Arduini, somos estradeiros. Sempre a caminho. Sempre começando ou recomeçando. Com paradas que permitam respirar mais aliviado, ou repousar o cansaço nas forças restantes.
Enquanto seres viventes, é árdua a tarefa de seguir adiante. Na vida pessoal, na vida familiar, na vida profissional, na vida social.
Prosseguir supõe convivência.
Convivência com o próprio eu, tantas vezes temeroso, tantas vezes desanimado, tantas vezes exausto, tantas vezes triste. Cada qual exige de si mesmo, como se nota em muitos, além das próprias forças. Aqui, não se admite entregar os pontos, tendo de digerir um fracasso inaceitável. A batalha é de cada um consigo mesmo.
Convivência com a família. Pai e mãe sofrem com os que sofrem. Preocupam-se com os que se preocupam. Ficam felizes com a felicidade dos filhos, dos netos, dos irmãos e sobrinhos, dos familiares enfim. É doído quando não podemos resolver problemas de algum deles. É doído quando as intempéries rondam aqueles que amamos. Mas é tão salutar quando vemos frutos alvissareiros na caminhada familiar, gorjeios de alegria em esperanças que se tornam realidade.
Convivência na vida profissional. Nem sempre o ambiente de trabalho propicia relacionamento respeitoso e amigável. Aliás, é comum percebermos profissionais que procuram atrapalhar a vida do outro, denegrindo sua imagem, espalhando boatos que chegam a interferir na vida pessoal daquele que é objeto da calúnia. Não é fácil prosseguir em meio às dificuldades enfrentadas. Mas nem sempre as condições permitem recuar: aqui, também, é necessário enfrentar, um a um, os obstáculos que porventura possam surgir.
Conviver em sociedade constitui outro grande desafio. São inúmeras as forças favoráveis, representadas pelas pessoas amigas, por aqueles que procuram entender o outro, partilhar suas alegrias e tristezas, interessar-se por seus problemas, caminhar lado a lado, com palavras que consolam, com sorriso que enternece, com a presença que, mesmo no silêncio, se faz amizade acolhedora.
Somos estradeiros. Sempre a caminho. Com tropeços que nos jogam adiante. Com lutas que nos incentivam a outras lutas. Tentando sempre atingir as metas idealizadas, sem permitir que o desânimo corte os passos, mas buscando agigantá-los para que a caminhada se faça mais rápida e eficaz.
Somos estradeiros, caminhando pela estrada, caminhando pelas ruas, caminhando pela vida. Caminhando...
(*) Educadora do Colégio Nossa Senhora das Graças e Membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro [email protected]