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2014! Ano perdido?

No réveillon de 2013 já se prenunciava que 2014 seria um ano

Marília Andrade Montes Cordeiro
Publicado em 28/06/2014 às 19:45Atualizado em 19/12/2022 às 07:07
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No réveillon de 2013 já se prenunciava que 2014 seria um ano, no mínimo atípico. Uns profetizavam grandes mudanças, com o povo indo às ruas e exigindo seus direitos adquiridos pelo pagamento assíduo e pesado de impostos. Outros, que a mudança seria mais uma vez anestesiada com o advento da Copa. Havia também aqueles que acreditavam no caos, pois em ano de eleição a corrupção/enganação corre solta.

Uns poucos otimistas diziam: Não! Dias melhores virão. Já não existe tanta exclusão e o povo começou a enxergar que o “rouba, mas faz” só gera ilusão e pouco progresso.

O povo, sempre o povo! Às vezes, fico fascinada em ver como jogamos as mudanças no braço do “povo”.

Quando acordaremos para o fato de que nós todos, unidos, somos o “povo”? E que mudanças só ocorrerão através da participação de cada um?

Mudanças não acontecem por decreto! Bem que alguns têm tentado! Mas elas são efêmeras, pois fruto da força da lei tornam-se insustentáveis.

Temos falado muito em paz, em menos violência, mas será que temos nos colocado em atividade, em ação para que isso aconteça?

Se o ser humano tem se tornado tão agressivo e o mundo, por toda parte, tão violento, cabe a nós, o “povo”, sermos os timoneiros e mudarmos a rota.

2014 tem se mostrado adormecido até agora.

Pesquisas mostram que nossa produtividade tem sido pífia. Não houve avanços na saúde, educação, binômios para um crescimento estável. Na mobilidade urbana e rural somos um vexame. Onde estão nossos metros ou no mínimo rodovias decentes?

Você pode estar se perguntando como fazer parte dessa mudança. Sinceramente, ainda não vejo outro modo de mudança senão a necessidade de o “povo” se tornar um ser político.

Faça um propósito e não deixe que 2014 seja  o ano perdido.

Participe de algum modo das eleições que estão aí. Apesar do desencanto, fruto de tantas frustrações, que até compreendo, não anule, não troque, não se abstenha de votar. Essa é sua ação possível e real no momento presente.

Analise, julgue, ouça opiniões, mas forme seu próprio juízo. (Shakespeare já dizia em Hamlet).

Mais do que nunca, precisamos de pessoas com liderança. Isso é essencial.

Pessoas destemidas, competentes, teimosas. Que tenham comprometimento e clareza de propósitos. Fique atento a tudo que possa lhe anestesiar o discernir. Não caia no conto do coitadinho e da piedade. Presidente Dilma, você foi vaiada e xingada num estádio de futebol, onde esse é o linguajar comum. Não se vitimize ao se referir ao seu passado de ex-torturada. Você lutou por um ideal e já foi recompensada, chegando ao mais alto posto de uma democracia. E foi recompensada até financeiramente.

Nós, “o povo”, sim, temos sido diariamente torturados em filas intermináveis  na saúde, trancafiados em nossas casas quartéis. Tudo fruto de sua inoperância administrativa e falta de liderança.

Sim! Nós podemos! Somos o povo! As eleições, apelações, ilusões, estão aí. Fique atento a tudo aquilo que possa lhe tirar o verdadeiro foco do julgar isento. Em temp Faço uma correção no último texto “Bênção ou Castigo” – Indira Gandhi foi primeira-ministra da Índia, e não de Israel. Agradeço o alerta.

(*) Mãe de família

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