Tenho dito, reiteradas vezes, que o combate à dengue só terá êxito com a participação efetiva da população e com o advento de uma vacina eficaz.
O Estado de São Paulo, sob a gestão do professor David Uip, grande infectologista e diretor do Instituto Emílio Ribas, está passando por uma das mais graves epidemias de dengue de todos os tempos. A Folha de S.Paulo do dia 08/05/2015 traz uma reportagem sobre o assunto, corroborando o que eu tenho falado e escrito. Diz o jornal: “Do início do ano até agora, são 261.453 confirmações da doença, de acordo com a pasta – já o Ministério da Saúde aponta, até o dia 18 de abril, 402 mil notificações (quando os casos, embora sem exames, são classificados por critérios clínico-epidemiológicos) e 169 mortes”. Quando perguntado se é possível controlar a dengue, o professor David Uip foi enfátic
– “Não. O controle da dengue só virá com a vacina”.
A empresa farmacêutica Sanofi Pasteur pretende oferecer sua vacina contra a dengue ao mercado brasileiro, no início de 2016. Para dar conta da demanda, a empresa anunciou que sua fábrica em Lyon, na França, terá capacidade para produzir 100 milhões de doses por ano. Para garantir imunização, a vacina deve ser aplicada em três doses, com intervalos de seis meses. Essa empresa produz, também, a vacina contra o vírus da Influenza A (H1N1). A vacina brasileira contra a dengue, desenvolvida pelo Instituto Butantan, de São Paulo, embora mais atrasada no tempo, tem a vantagem de ser aplicada em dose única para imunizar contra os quatro tipos de vírus da doença. Segundo informações obtidas, a vacina do Instituto Butantã deverá ser testada em voluntários a partir do mês de junho. É a luz no fim do túnel.