Depois de ver a escalada em que se encontra Uberaba no que se refere ao seu iminente declínio
Depois de ver a escalada em que se encontra Uberaba no que se refere ao seu iminente declínio e mirando o desinteresse crônico dos responsáveis pelo seu soerguimento, numa noite dessas, tomado pela insônia, fui como que ferroado para me manifestar. Nada melhor do que suavizar o meu ânimo aguerrido e me expressar com palavras vindas do coração, lá... onde mora minha querida Uberaba. Compilei, então, estas palavras que o meu inexpressivo lado de poeta concebeu:
Eu não sabia, Uberaba / Que dentro do meu peito mora / Uma paixão por você incontida / E ao vê-la sendo ofendida / Minha alma sofre e chora.
Ah! Se eu tivesse o poder / De juntar todos os filhos seus / De mãos dadas faríamos um cordão / E unidos pela mais pura emoção / Realizaríamos um dos sonhos meus.
Sonho em revê-la pujante / Ouvir alto sua voz hoje calada / Vê-la como em épocas de outrora / Exercendo o que este seu filho rememora: A sua liderança que era consagrada.
De quem é a culpa pelos seus retardos? Se todos falam que a querem bem / Já sei; certos filhos dizem que amam os pais / Mas no fundo os renegam e tudo mais / Você, Uberaba, padece disso também.
Se eu estiver errado, que me mostrem outro ângulo. Assim, poderei ver minha querida Uberaba na vanguarda como noutros tempos vi.
(*) Presidente do Fórum Permanente dos Articulistas de Uberaba e Região; membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro