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Sínodo dos Bispos

Desde algum tempo se lê nos jornais ocasionalmente que o Papa convoca o “Sínodo dos Bispos”.

Dom Benedicto de Ulhôa Vieira
Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 17/12/2022 às 04:03
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Desde algum tempo se lê nos jornais ocasionalmente que o Papa convoca o “Sínodo dos Bispos”. Já desde Paulo VI, a Igreja criou estes encontros episcopais em Roma para estudos e providências oportunas em algum dos campos de nossa vida eclesial. “Sínodo” é palavra grega que significa tomar caminho juntos. São reuniões periódicas de Bispos representantes do episcopado de seus países para estudo de algum tema teológico ou pastoral. É o Papa que convoca, determina o tema e preside.

Este último, em outubro, reuniu 253 bispos de 113 conferências episcopais, com representantes da Cúria Romana e 41 especialistas de vários países. O tema, que o Papa quis que estudasse, foi: “A Palavra de Deus na vida e na Missão da Igreja”.

Na abertura da reunião, Bento XVI lembrou que a prioridade da igreja é nutrir-se da Palavra de Deus. É por ela que se torna eficaz a evangelização. Daí a necessidade de que os fiéis tenham acesso à Sagrada Escritura, o que é indispensável para a realização da missão evangelizadora na Igreja.

É costume, algum tempo após o Sínodo, o Papa publicar um documento oficial transmitindo o que foi tratado no Sínodo e por Ele aprovado. Padres sinodais apresentaram 55 propostas ao Santo Padre às quais por certo o documento pontifício aludirá, pois deverão ser a matéria-prima da próxima Exortação Apostólica. A palavra de Deus, objeto de nossa fé, tem de ser a vida da Igreja e sua missão salvífica.

Enquanto a Igreja aguarda o autorizado documento pontifício sobre o assunto, devemos sublinhar que os Padres Sinodais, em mensagem final, nos indicam quatro sugestivos itens: a voz da Palavra é a revelação; o seu rosto é o próprio Cristo; a casa da palavra é a Igreja e o caminho da Palavra é a Missão, isto é, o ato de levá-la aos ouvidos e ao coração do nosso povo.

Todo este esforço da Igreja é para despertar na alma de nossos católicos o amor à Palavra de Deus, que vem codificada no compêndio Bíblia, termo grego que significa “livros”. Não basta tê-la. É necessário estudá-la, ainda mais que foram estes livros originalmente escritos nas línguas hebraica e grega, o que supõe a necessidade de alguma iniciação para penetrar o sentido. Não só ler, mas estudar para compreender.

(*) membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro

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