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Seja bem-vinda ao mundo

Em homenagem à minha primeira neta – Anna Clara –, que nasceu esta semana, iluminando nossas vidas, vamos refletir, aqui, sobre as famosas “programações” que fizeram parte da infância

Eliana Barbosa
Publicado em 14/08/2009 às 21:46Atualizado em 17/12/2022 às 05:17
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Em homenagem à minha primeira neta – Anna Clara –, que nasceu esta semana, iluminando nossas vidas, vamos refletir, aqui, sobre as famosas “programações” que fizeram parte da infância de cada um de nós.

Quando eu digo “programações”, estou me referindo àquelas “verdades” que ouvimos de nossos pais e educadores desde a mais tenra idade, a respeito de variados temas, entre eles a velhice, o dinheiro, o sexo, etc. Para uma criança, cuja mente é altamente influenciável, tudo o que um adulto de sua confiança acredita torna-se uma verdade, uma lei, e isso é muito perigoso porque, de forma geral, fomos criados com muitas crenças limitantes a respeito da vida que podem estar, hoje, bloqueando nosso crescimento profissional e nossa evolução pessoal, inclusive nossos relacionamentos.

Por isso a importância do autoconhecimento, porque sendo você, hoje, um adulto, e sabendo da presença dessas crenças que foram sendo alimentadas ao longo de sua existência, fica mais fácil detectar o que é válido acreditar e o que só está lhe causando estragos na vida. Há pouco tempo conheci uma mulher bonita e inteligente, porém infeliz no amor e insatisfeita profissionalmente, que me contou que descobriu que a primeira coisa que foi lhe dita, por sua avó, quando nasceu, foi: “Coitadinha, mais uma mulher para sofrer neste mundo!”. Imagine você crescer ouvindo que nasceu para sofrer, que viver é difícil, que o mundo está perdido, que os homens não prestam, que sexo é sujo, que dinheiro leva à perdição, que ficar velho é ruim, etc. Infelizmente, se você observar, ficam muito mais marcadas em sua vida estas crenças negativas do que as positivas que você herdou da sua criação. O que não você não pode fazer é culpar seus pais e professores, porque eles simplesmente passaram para você, com a melhor das intenções, aquilo que era realidade para eles, sem se dar conta de que também já tinham sido prejudicados por essas crenças tão limitadoras.

Dessa forma, ao saber do peso das afirmações no processo de moldar as crenças dos seres humanos, ao se deparar com um recém-nascido, pratique a generosidade de só motivá-lo para uma vida melhor, dizendo para o bebê o quanto ele é bem-vindo a este mundo, que ele nasceu para ser feliz, para vencer, para fazer a diferença positiva na vida dos outros, enfim, ensine-o a ver a vida e as pessoas com bons olhos. Isso vai aprimorar na criança o sentimento de autoconfiança, tão necessário nas conquistas do dia-a-dia.

E, por favor, aprenda a questionar todas as “certezas” que você ouviu ao longo de sua vida, selecionando, com sensatez, aquelas que realmente servem para o seu desenvolvimento e jogando fora as besteiras que lhe sabotam a felicidade – no lugar delas, elabore novas crenças que sejam construtivas para você. Lembre-se de assumir o rumo de seus pensamentos e atitudes, porque, como diz um ditado muito verdadeiro, “não importa o que fizeram com você; o que realmente importa é o que você fez com o que fizeram com você!”

(*) palestrante; apresentadora de TV e rádio e autora de livros motivacionais

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